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Nordeste

Risco de colapso em mina da Braskem provoca queda de 80% no faturamento em bairro turístico de Maceió

Com medo do iminente desastre, turistas têm cancelado hospedagens em localidades fora da área de risco e até mesmo em cidades vizinhas

Protesto contra a Braskem em bairro de Maceió afetado por afundamento de solo causado por exploração em mina (Foto: Gésio Passos/Agência Brasil)
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247 - O risco iminente de afundamento de uma das 35 minas de extração de sal-gema da Braskem, localizada no bairro do Mutange em Maceió, teve repercussões significativas no Pontal da Barra, um ponto turístico situado na margem oposta da Lagoa Mundaú. O local experimentou uma drástica queda de 80% em seu faturamento devido à apreensão dos turistas em relação ao potencial colapso do solo, levando inclusive ao cancelamento de reservas em cidades vizinhas, informa o g1.

Segundo informações da Defesa Civil, o solo na região da mina instável já cedeu 1,87 metro desde 30 de novembro até esta terça-feira (5). A mina, com um volume de 500 mil metros cúbicos, estende-se parcialmente sob a lagoa e parcialmente sob o continente. Apesar de o Pontal não estar diretamente na área de risco, a proximidade com a lagoa resultou em uma queda significativa no fluxo de turistas, que estão evitando a região devido à incerteza e ao receio de possíveis consequências. "Eu fico triste com isso. Em novembro e dezembro, a gente costumava vender bastante as nossas peças, agora as lojas estão vazias", relatou a artesã Adriana Albuquerque. "Não vemos turistas nas ruas. As pessoas precisam saber que não fomos atingidos pelas tragédia que está acontecendo, venham nos visitar", acrescentou Valéria de Sá, presidente da Associação das Artesãs do Pontal da Barra.

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Além das artesãs, os profissionais que atuam no setor de passeios turísticos também estão sendo afetados. Jardson Custódio relata que os passeios de catamarã pela Lagoa Mundaú têm registrado uma redução significativa no número de participantes. Em contraste com o passado, quando os barcos operavam com capacidade total, agora mal atingem 50% de sua lotação. "São grupos e grupos cancelando [os passeios], o pessoal nos hotéis também está cancelando, a gente está tendo uma grande dificuldade com toda essa repercussão".

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas conduz um trabalho para esclarecer aos turistas que não é necessário cancelar suas viagens a Maceió. A apreensão é particularmente intensa devido à proximidade da alta temporada, que normalmente representa um período de maior faturamento para o setor. A secretária de Turismo de Alagoas, Bárbara Braga, enfatiza que não há risco para os bairros localizados fora da área de perigo. "Estamos prontos para receber os turistas com muito planejamento estratégico e logística do turismo. É importante passar essa tranquilidade para o nosso visitante, os laudos demonstram que não existe a possibilidade desse acontecimento impactar outras regiões".

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