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Justiça impede Fundação Palmares de se desfazer de acervo considerado 'marxista'

A decisão foi assinada pelo juiz Erik Navarro Wolkart, da 2ª Vara Federal de São Gonçalo. A liminar respondeu a uma ação civil popular

Sérgio Camargo (Foto: Reprodução)

247 - A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou nesta quarta-feira (23) a proibição da exclusão e da danificação de obras pela Fundação Cultural Palmares. A decisão foi assinada pelo juiz Erik Navarro Wolkart, da 2ª Vara Federal de São Gonçalo, de acordo com a Carta Capital. A liminar respondeu a uma ação civil popular. 

O presidente da fundação, Sérgio Camargo, havia anunciado a eliminação de parte do acervo que, segundo ele, apresentaria teor "marxista". Camargo também lançou um relatório acusando determinadas obras de "bandidolatria" e demais categorias pejorativas. 

De acordo com o juiz, "por mais que eventualmente, e na visão da Fundação ou de seu principal dirigente, não haja uma correlação direta entre a finalidade da referida Instituição e os livros apontados (folhetos, folders e catálogos do seu acervo), o expurgo dos mesmos de maneira açodada, sem um amplo diálogo com a sociedade, que, ao fim e ao cabo, é a destinatária do material, pode representar prejuízo irreparável".

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