PF invade prédio da Funarte para por fim a ocupação contra Temer
Policiais federais cumpriram mandado de reintegração de posse do Palácio Gustavo Capanema, solicitado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e concedido pela Justiça Federal; a retirada dos manifestantes (servidores do Ministério da Cultura e artistas), que estavam há mais de dois meses ocupando o edifício, no centro do Rio de Janeiro, começou por volta das 6h
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Segundo os manifestantes, eles ainda estavam dormindo quando os policiais chegaram. Depois da reintegração de posse, cerca de 50 pessoas que ocupavam o prédio se mantiveram - em protesto contra a desocupação - no entorno do edifício, que funciona como sede regional dos ministérios da Educação e da Cultura. Os manifestantes protestam contra o governo interino de Michel Temer, que consideram ilegítimo.
A liberação do Palácio Capanema ocorre depois de 70 dias de ocupação. Inicialmente tendo como justificativa a extinção do Ministério da Cultura - e com o apoio de movimentos estudantis, coletivos sociais, parlamentares e artistas, como Caetano Veloso, Arnaldo Antunes e Seu Jorge, que chegaram a participar de show - o movimento também se posicionou contra o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff.
Mesmo após o anúncio do governo federal de recriação do Ministério da Cultura, o prédio continuou ocupado. No local, eram realizadas diversas formas de manifestações artísticas: palestras, cursos e apresentação artísticas das mais variadas.
"A desocupação foi ilegal, antidemocrática e fere a Constituição. O pilotis do Gustavo Capanema é um espaço público", disse o advogado Rodrigo Mondego, que representa os manifestantes do chamado Ocupa Minc.
Nenhum representante da Polícia Federal comentou a ação de reintegração de posse.
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