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Sul

Indicação de Nikolas depõe contra a própria Câmara, diz Gleisi

Nikolas Ferreira é o novo presidente da Comissão de Educação da Câmara. Gleisi ainda criticou a eleição de Caroline De Toni para a CCJ

Gleisi Hoffmann e Nikolas Ferreira (Foto: Câmara dos Deputados)
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247 - Presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) criticou duramente pelo X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (7) a indicação e posterior eleição do deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) para a presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. 

Gleisi ainda criticou a eleição da deputada também bolsonarista Caroline De Toni (PL-SC) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Tanto a presidência de Nikolas quanto a de De Toni, segundo Gleisi, depõem contra a própria Câmara dos Deputados. "Sobre a escolha dos presidentes das comissões na Câmara, é preciso dizer que nada tem a ver com o governo. Lidamos com quem a população elege, levando em conta o tamanho das bancadas. Assim como o PT presidiu a CCJ no ano passado, sendo a 2ª maior bancada, a alternância mediante acordos tem que acontecer. Mas também é preciso dizer que o desfecho de ontem foi muito ruim. PL indicou gente radical demais, desrespeitosa para CCJ e mal-educada, como o deputado para presidir a comissão da Educação. Isso depõe contra a própria Câmara, infelizmente. É lamentável", publicou Gleisi.

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Ao chegar ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira, Gleisi comentou mais sobre o assunto à Folha de S. Paulo: "eu acho que foi uma irresponsabilidade do PL indicar pessoas desse nível, como um mal-educado para presidir a Comissão de Educação [Nikolas Ferreira]. Isso depõe contra a Câmara, depõe contra o PL, depõe contra as instituições. Só tenho a lamentar, não tem como intervir. Eu acho que o presidente da Casa deveria ter tentado fazer isso [intervir], mas a Câmara vai pagar um preço. Não somos nós, não. É a Câmara como instituição que vai pagar".

A presidente do PT, por outro lado, afirmou que as presidências de Nikolas e De Toni não deverão prejudicar o governo, já que as pautas de interesse do Planalto tramitam em regime de urgência e, portanto, não passam pelas comissões. "Os projetos principais do governo não têm tramitado pelas comissões. Aliás, nenhum deles. É só vocês analisarem que as comissões estão esvaziadas. Todos os projetos principais estão em regime de urgência para plenário. Nem a CCJ tem cumprido o seu papel de fazer uma análise mais profunda de projetos. O que tem ficado nas comissões são projetos que interessam mais aos deputados".

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Para Gleisi, os bolsonaristas que assumiram postos de comando nas comissões só vão ficar "fazendo discurso, convocação [de autoridades], bagunça, que é o que eles sabem fazer". "O governo vai seguir, não vai depender do presidente da comissão de Educação, imagina, nem CCJ. Vai seguir a vida. O problema é que isso depõe contra a Casa, é isso que não se entendeu ali [na escolha], é ruim para a Câmara. O parlamento já tem uma avaliação negativa na sociedade, uma avaliação baixa, aí coloca pessoas nesse nível, dessa qualidade, que não têm não preparo, não tem estatura".

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