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Saúde

Pacientes com doenças crônicas devem evitar choque térmico em dias de calor extremo

Mudar de um ambiente com ar-condicionado para o externo exige um esforço de adaptação do corpo; pessoas com problemas cardíacos devem ter mais cautela

Calor extremo no Brasil (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)
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Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Qualquer mudança brusca de temperatura no organismo é percebida como um estresse, exigindo adaptação do corpo. Diante do aquecimento global e das intensas ondas de calor, com temperaturas ultrapassando os 40 graus em diversas cidades brasileiras, é comum que as pessoas fiquem muito expostas ao sol ou recorram ao uso excessivo do ar-condicionado. Entretanto, o conhecido “choque térmico” entre ambientes pode ser perigoso, especialmente para aqueles com doenças pré-existentes, como pacientes cardíacos.

Ao sair de um ambiente muito quente para o frio – como entrar na água gelada depois de horas ao sol - os vasos sanguíneos se contraem. Com isso, há um aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, o que pode levar a uma sobrecarga do coração e até causar arritmias. Por outro lado, segundo médicos ouvidos pela Agência Einstein, mudar de repente do frio para o calor excessivo provoca uma vasodilatação e uma queda de pressão. Dependendo do estado de saúde e das condições da pessoa, ela pode sentir tonturas ou sofrer até um desmaio.

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Por isso, os especialistas recomendam que portadores de doenças crônicas evitem se expor a contrastes bruscos de temperatura. “Isso não costuma causar problemas na maioria das pessoas, tanto que não vemos muitos relatos no dia a dia, mas quem tem doenças já estabelecidas deve tomar mais cuidado”, diz o cardiologista Marcelo Franken, gerente de Cardiologia do Hospital Israelita Albert Einstein. 

A recomendação vale especialmente para quem sofre de transtornos circulatórios ou cardíacos, como insuficiência, além dos idosos. Segundo o cardiologista, essas pessoas só devem utilizar sauna, por exemplo, com a autorização do médico, e devem evitar entrar em banheiras com gelo após a exposição ao calor. Na praia ou na piscina, caso estejam com o corpo muito quente, a recomendação é refrescar-se gradualmente antes de entrar diretamente na água.

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Alimentação no calor

Além disso, mesmo quem não tem problemas de saúde deveria evitar nos dias mais quentes alimentos muito calóricos, que produzem calor, como gorduras e açúcar. O melhor é optar por alimentos leves, como saladas, legumes e frutas. Outra orientação médica é ficar atento à hidratação e dar preferência para o consumo de água - e não bebidas alcoólicas - além de buscar ambientes arejados e protegidos do sol. 

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É importante lembrar, ainda, que ambientes com ar-condicionado são mais secos, resultando no ressecamento das mucosas e dos cílios, responsáveis pela filtragem do ar no sistema respiratório. Por isso, recomenda-se o uso de soro fisiológico nos olhos e narinas. O esforço contínuo do organismo para se adaptar entre ambientes extremamente quentes e frios também pode comprometer a imunidade, facilitando infecções em pessoas mais suscetíveis.

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