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América Latina

Lula diz que não discutiu Essequibo com presidente da Guiana e que também não falará do assunto com Maduro

'Era uma reunião bilateral. Não é para isso [Essequibo]. A hora que eles quiserem marcar uma reunião, o Brasil estará à disposição', afirmou o presidente

Lula e Mohamed Irfaan Ali (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - Em conversa com jornalistas após a reunião bilateral que manteve nesta quinta-feira (29) com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, em Georgetown, o presidente Lula (PT) afirmou que a disputa territorial com a Venezuela pela região de Essequibo não esteve na pauta. Lula ainda afirmou que também não pretende tocar no assunto no encontro que terá nos próximos dias com o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro. "Não discutimos a questão de Essequibo. Não era o momento. Era uma reunião bilateral para discutir investimento, para discutir desenvolvimento. Mas o presidente Irfaan sabe, como sabe o presidente Maduro, que o Brasil está disposto a conversar com eles a hora que for necessário porque nós queremos convencer as pessoas de que é possível, através de muito diálogo, a gente encontrar a manutenção da paz. Da mesma forma que eu não vou discutir com o presidente Maduro essa questão, porque a reunião não é para isso. Eu vou para a Celac, vou encontrar com o Maduro, não pretendo discutir".

Lula afirmou que quando Venezuela e Guiana, assim como o presidente da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos) e de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonçalves, julgarem ser o momento de uma nova reunião para tratar da disputa, o Brasil "estará à disposição". "A hora que eles quiserem marcar uma reunião e o presidente Ralph, que é o coordenador, quiser marcar, o Brasil estará totalmente à disposição para participar, porque o Brasil tem uma decisão de que o mundo não comporta mais atrito. O mundo precisa encontrar paz para a gente poder construir um mundo mais humanitário, mais solidário, um mundo com menos sofrimento". >>> Após reunião com presidente da Guiana, Lula fala em "manter a América do Sul como uma zona de paz no planeta"

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Segundo Lula, a decisão de não discutir Essequibo neste momento com Ali e Maduro não significa que o Brasil quer "esquecer" o assunto. O presidente reconheceu, por outro lado, a complexidade do tema e a possibilidade de 'levar mais algumas décadas' para a solução do conflito. "O assunto não pode ser esquecido porque é assunto quase que secular. É um assunto que já passou pela Justiça, já passou pela ONU e é um assunto que vai continuar. O que nós vamos trabalhar é para que esse assunto continue sendo motivo de muita conversa, de muito debate e que a gente possa encontrar uma solução da forma mais amigável possível. O que estou falando para você eu vou falar para o presidente Maduro: o Brasil vai continuar empenhando para que as coisas aconteçam na maior tranquilidade possível. Se em 100 anos não foi possível resolver esse problema, é possível que a gente leve mais algumas décadas. A única coisa que eu tenho certeza é de que a violência não resolverá esse problema, criará outros".

Essequibo é uma região de 160 quilômetros quadrados alvo de disputa entre Venezuela e Guiana. A Venezuela reivindica a posse legítima da área, o que tem gerado tensões significativas na região, especialmente devido à riqueza em recursos naturais e biodiversidade ali presentes. A recente ratificação, por meio de um referendo na Venezuela no ano passado, do desejo de anexar a região, reacendeu o conflito latente, despertando preocupações adicionais, incluindo o potencial de um conflito armado na fronteira com o Brasil.

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Após os compromissos na Guiana, Lula parte para Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, onde participará da abertura da cúpula de chefes de Estado e governo da Celac. Está previsto que o presidente brasileiro se encontre com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante sua estadia em Kingstown, intensificando os esforços diplomáticos para buscar soluções para os desafios regionais.

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