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Aquiles Lins

Aquiles Lins é colunista do Brasil 247, comentarista da TV 247 e diretor de projetos Norte, Nordeste e Centro-Oeste do grupo.

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Além do caso Tony Garcia, STF precisa investigar crimes de Moro na Lava Jato

“Eventual condenação pelos crimes revelados por Tony Garcia não pode ofuscar toda a criminalidade do ex-juiz na Lava Jato”, escreve Aquiles Lins

Fachada do STF, ministro Dias Toffoli e Sergio Moro (Foto: ABr | STF | Reuters)
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A decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de instaurar inquérito contra o senador Sérgio Moro pelas ilegalidades denunciadas primeiramente à TV 247 pelo ex-deputado Tony Garcia é o primeiro passo efetivo para uma punição contra o ex-juiz suspeito da Lava Jato. O ministro atendeu a pedidos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Na bombástica entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho na noite de 13 de junho de 2023, Tony Garcia revelou que, no início dos anos 2000, firmou um acordo de delação premiada com o então juiz Sérgio Moro, titular da 13ª vara federal de Curitiba, no qual se comprometeu a atuar como um infiltrado do magistrado, grampeando ilegalmente membros do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas do Paraná, entre outras autoridades com foro privilegiado, que estão fora da alçada do então juiz. Após a revelação à TV 247, Garcia foi ouvido em três ocasiões pela Polícia Federal, onde confirmou os crimes cometidos por ele a mando de Sérgio Moro. 

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O inquérito vai investigar indícios de crimes de concussão, fraude processual, coação, organização criminosa e lavagem de capitais. Tanto a PF quanto a PGR solicitaram a inclusão nominal de Sergio Moro, sua esposa, Rosângela Moro, e procuradores que participaram do acordo de Tony e da Lava Jato como investigados. 

Esta “mini folha corrida” do outrora todo-poderoso Sérgio Moro não diz respeito aos crimes cometidos por ele na condução dos processos da Lava Jato. É apenas a ponta do iceberg, com a diferença que é de conhecimento público, desde a chamada Vaza Jato, que se formou um conluio entre Moro e procuradores do Ministério Público Federal para direcionar investigações, corromper a isonomia do devido processo legal, perseguir políticos da esquerda e do PT, destruir a soberania do país e entregar a grandes potências estrangeiras patrimônios incalculáveis como partes do pré-sal brasileiro, a pretexto de combater a corrupção na Petrobrás. Só de empregos, foram 4,4 milhões de postos destruídos pela Lava Jato entre 2014 e 2017, segundo estudo do Dieese. Deste total, 1,1 milhão de empregos são apenas do setor da construção civil. R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país no período.

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Para além dos crimes revelados por Tony Garcia, é de igual importância que Moro também seja investigado e julgado, por exemplo, pelo grampo ilegal, e sua divulgação também ilegal, da conversa da então presidenta da República, Dilma Rousseff, com o ex-presidente Lula. Um crime escandaloso que foi tratado com naturalidade pela mídia corporativa brasileira, sócia do golpe de 2016. A eventual condenação pelos crimes revelados por Tony Garcia não pode ofuscar toda a criminalidade praticada por Sérgio Moro na Lava Jato. Este personagem abjeto, que causou sérios estragos à democracia, à soberania do país e à vida de tantas pessoas, precisa ter uma punição exemplar e definitiva nos termos da lei.

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