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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Apertem os cintos, o petróleo subiu

(Foto: Reuters)
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O mundo vai experimentar os problemas da nossa dependência ao petróleo, mais uma vez, devido à guerra Rússia e Ucrânia. Os americanos, que estão apostando em sanções cada vez mais fortes, estão deixando de importar o petróleo russo. Qual seria sua alternativa? A Venezuela. Logo a Venezuela, que o próprio americano taxou diversas sanções econômicas, fazendo agora uma carreira de desprezar o que estava escrito e prometeu tirar as sanções para negociar o ouro negro. Do outro lado, O Putin sabia que iria sofrer essas sanções econômicas. Ele se preparou durante anos. Hoje ele tem a quarta maior reserva internacional. Ele tem guardado mais de 600 trilhões de dólares guardados, 8% eram de ouro em 2008 e hoje são 20%. Ele se livrou dos dólares, por causa da colisão natural com os Estados Unidos e está cada vez mais tendo a China como parceiro, com inclusive a promessa de um gaseoduto  da Sibéria para China.

Mas de imediato acabar com a parceira da Alemanha para um projeto com a China em longo prazo, não derrubaria o capital da Rússia? Com as reservas, o enxugamento da máquina pública, gastou muito pouco durante anos, Além do mais, independente da guerra atual, os Russos diminuíram o fornecimento de gás para a Europa e graças a sua reserva, pode concluir sua missão sem se preocupar com as sanções pesadas. Não contava com uma retaliação cada vez mais forte e embragos internacionais pesados como estão acontecendo. O drama dos refugiados, também fortaleceu o presidente ucraniano que resiste nesse momento sozinho, mas está conseguindo uma comoção mundial a seu favor.

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Hoje o barril internacionalmente está crescendo para mais de 130 dólares o barril. A opção americana para suprir a sua carência está levando a uma necessidade de abastecimento alternativo, assim como o gás para a Europa, afinal a importação é praticamente com a Rússia. Mas desde que Nicolás Maduro foi eleito na Venezuela, os EUA fechou sua embaixada em Caracas e tentou a todo custo emplacar seu candidato Juan Guaidó com inúmeras tentativas de golpe civil. Todas fracassadas. Agora, com a crise aumentando, está de olho na Bacia do Orinoco, onde está a maior jazida do planeta. Todo discurso de que não negociava com “ditadores” ou “regimes autoritários” vai cair por terra. 

Biden já está tentando negociar com diplomacia com a Venezuela. Mas será uma negociação entre cavalheiros? Claro que não. Aqueles que são aliados da Rússia na América do Sul vão sofrer uma quizumba , com rompimento de acordos, para saírem de seu atoleiro energético. E se depender de futuristas, já está anunciando um grande blackout nos Estados Unidos. Para Maduro, será uma vitória com uma saída das sanções e recuperação de sua imagem no exterior. Uma vitória que dará uma sobrevida a ele e se distanciando de oportunistas neoliberais.

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Já há impactos gigantescos nos preços da energia, preços dos alimentos e fertilizantes, assim como um aumento do preço do transporte marítimo. A ironia é buscar um acordo com a Venezuela, onde era demonizada pelos neoliberais, tendo inclusive  o Bolsonaro achando que iria derrubar o Maduro com apoio do Trump e hoje a  Venezuela é um país mais importante para os EUA. Bernard Chenot, em seu livro Des Enterprises Nationalisées cita que o consumo de energia é um índice de progresso universal, de suma importância. Tão importante que está incluído na encíclica do papa Pio XI. 

Tudo isto terá desdobramentos, mas não seria o caso de cristãos e ateus se interessarem mais na defesa desse preceito da encíclica e repensar o planeta para energias mais limpas e renováveis?

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