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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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As digitais de Alexandre, o Pequeno

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Há claras digitais do atual ministro da Justiça, Alexandre Moraes na repressão à passeata dos 100 mil de ontem, em São Paulo, que foi pacífica do começo ao fim, da parte dos manifestantes, mas atacada violentamente pela Polícia Militar, comandada por colegas de Moraes que permaneceram à frente da repressão em São Paulo quando ele assumiu o Ministério da Justiça.

E mais uma demonstração de que o atual governo não respeita a constituição, que garante a liberdade de manifestações pacíficas.

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Além de também mostrar que ele não tem uma estratégia ponderada para responder aos protestos, que eram previsíveis.

Basta comparar como reage o governo Temer e como reagia o governo Dilma, que jamais mandou reprimir movimentos de rua pelo impeachment.

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Suas digitais estão lá porque o modus-operandi foi o mesmo empregado por ele na repressão aos protestos pacíficos dos estudantes quando ele ainda era secretário da Segurança Pública de São Paulo, sem tirar, nem pôr. Os policiais agiram do mesmo modo desproporcional partindo para cima de quem não portava objetos agressivos nem esboçava causar qualquer dano a qualquer tipo de patrimônio, seja público ou privado.

É estranho e anômalo ver o ministro da Justiça, que deveria ser o pacificador, assumir o papel de comando oculto da repressão. É também preocupante o fato de o governo não ter uma estratégia não truculenta para agir contra os protestos que eram esperados, pois a única coisa que Temer vai conseguir agindo desse modo é incentivar o aumento das manifestações.

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O sinal de que movimentos contrários a Temer seriam intimidados começou na Olimpíada, quando inofensivos cidadãos que assistiam aos jogos usando camisetas com a inscrição "Fora Temer" eram convidados a se retirar do recinto pelos voluntários.

A iniciativa, a princípio atribuída à organização da Olimpíada, mas que era uma orientação do governo Temer foi, a seguir, proibida pela Justiça. Só assim os adeptos de Temer, ainda provisório, recuaram.

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A inabilidade em lidar com protestos de massa ficou patente nas declarações de Temer na China, de onde mandou o recado de que manifestantes eram "40 que quebravam carros".

Nem eram 40, nem quebravam carros.

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Em vez de desestimular, suas palavras inflamaram e inflaram a passeata, que foi a maior desde o início de seu governo, impulsionada por sua provocação, por acontecer num domingo (dia escolhido para as passeatas contra o governo Dilma) e pelo fato estratégico de que não existe passeata a favor, tanto é que ela foi muito maior do que as convocadas a favor do governo Dilma.

Assim como aconteceu na Olimpíada, a Justiça deverá se pronunciar a favor das passeatas pacíficas, que só tendem a aumentar, principalmente em São Paulo, a cidade mais atingida pelas medidas que cortam direitos trabalhistas já que concentra o maior número de trabalhadores do país. E que concentra o maior número de simpatizantes de Lula e do PT que, apesar das ameaças de ser extinto ainda é o maior partido em número de militantes do país, somando mais de 1 milhão e 700 mil.

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Somente um governo despreparado poderia supor que, depois de tudo o que aconteceu, depois de ser contestado no Congresso por tudo o que fez desde a sua posse provisória ele teria vida fácil nas ruas do Brasil.

Não terá.

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