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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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As duas pedras no sapato de Bolsonaro

"Em vez de se ocupar em resolver os graves problemas que o país atravessa, e que se acumulam", Bolsonaro prefere se empenhar em "resolver os seus e os de sua família", destaca Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia. "Não à toa, suas principais preocupações atuais dizem respeito às nomeações do próximo chefe da PGR e do Coaf: é aí que mora o perigo para ele", continua. Os escolhidos "assumirão sob suspeita de parcialidade", afirma

Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)
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Por  Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Em vez de se ocupar em resolver os graves problemas que o país atravessa, e que se acumulam, o presidente Bolsonaro prefere se empenhar em resolver os seus e os de sua família.

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Não à toa, suas principais preocupações atuais dizem respeito às nomeações do próximo chefe da PGR e do Coaf: é aí que mora o perigo para ele.

Cabe à PGR instalar e dar prosseguimento a inquéritos contra o presidente da República, como o caso de Wal do Açaí, acusada de ter sido funcionária fantasma do gabinete de Bolsonaro quando era deputado federal.

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A atual comandante da PGR engavetou essa investigação por 120 dias. O presidente da República não pode ser processado por fatos anteriores ao seu mandato, mas pode e deve ser investigado.  

O prosseguimento de investigações como essa, divulgadas intensamente pela mídia, cada vez mais anti-bolsonarista, por motivos que abundam, mina a sua principal bandeira política, que é o combate à corrupção e defesa da moralidade na administração pública. E compromete suas chances de se reeleger em 2022.

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O chefe do Coaf entrou na mira do presidente ao criticar decisão de Toffoli que paralisou investigações sobre as relações Flávio Bolsonaro-Fabrício Queiróz. Tal como em demais ministérios e órgãos de controle e fiscalização ele não admite outro tipo de relação senão a submissão a seus desejos. Se o caso Queiróz for investigado a fundo, poderá sobrar para o presidente, dado o depósito de R$ 25 mil feito por seu amigo e ex-funcionário de seu filho na conta da primeira-dama.

Em mensagens publicadas pelo The Intercept Brasil, procuradores da força-tarefa da Lava Jato comentam que, no limite, o escândalo poderia provocar a cassação do diploma de Bolsonaro, caso fosse demonstrado que os R$ 25 mil entraram na campanha eleitoral.

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Bolsonaro precisa de pessoas de extrema confiança na PGR e no Coaf para se garantir na cadeira. O diabo é que ele só conhece ex-militares e ex-PMs, nunca teve relações com eminentes juristas ou economistas em 30 anos de vida pública. Não sabe quem escolher. Porque não sabe em quem confiar.

Sejam quem forem os escolhidos, assumirão sob suspeita de parcialidade e deverão provar sua independência e autonomia.

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