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Marconi Moura de Lima

Professor, escritor. Graduado em Letras pela Universidade de Brasília (UnB) e Pós-graduado em Direito Público pela Faculdade de Direito Prof. Damásio de Jesus. Foi Secretário de Educação e Cultura em Cidade Ocidental. Leciona no curso de Agroecologia na Universidade Estadual de Goiás (UEG), e teima discutir questões de um novo arranjo civilizatório brasileiro.

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Bolsonaro: o boi de piranha do Rodrigo Maia, FHC, Globo e cia

Economia e Bolsonaro: poço sem fundo (Foto: Alan Santos/PR)
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(Não precisa acreditar em nada do que direi abaixo. Apenas duvide, questione-se, pense se faz algum sentido o que está rolando no Brasil nesses tempos estranhos.)

Por que um presidente tão burro, tão despreparado, tão medíocre como Bolsonaro ainda não caiu? Você nunca se perguntou sobre as razões de um estadista que descumpre em cada ato e fala a Constituição ainda não ter sofrido impeachment?

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Pois bem! Respondo a ti, lamentando a deficiência cognitivo-política da esmagadora maioria da população brasileira, a mais demente de todas as civilizações do ocidente moderno (não tem capacidade mínima de ler nas entrelinhas).

Bolsonaro não passa de um boi de piranha do chamado Estado Neoliberal. Uma bucha de canhão do formato mais rigoroso e excludente do sistema capitalista (sem fazer juízo ideológico aqui). E o que é o sistema neoliberal – para aqueles que não estudam e falam coisas sem juízo algum?[1] 

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Então. Adam Smith (século XVIII), considerado o “Pai da Economia”, lançou ao mundo o conceito de Liberalismo Econômico. Em síntese bem didática, seria a melhor forma de dizer que a Economia deveria ser regulada pelo chamado Mercado (isto é, os empresários, as bolsas de valores, os bancos centrais, o sistema econômico). Portanto, o Estado (governo-povo) somente entraria nas questões do Mercado para executar os serviços básicos (saúde, educação etc., e para fiscalizar algum “excesso” – de maldade – que acontecesse nas disputas comerciais e no fluxo da economia). Ademais, para Smith era fundamental estimular as pessoas à livre iniciativa, isto é, a empreenderem, a produzirem.

Até aí, as intenções de Smith não eram ruins; talvez ingênuas, tendo em vista que o Mercado é formado por seres humanos; humanos são falhos e gananciosos; e dentro de um sistema tão “livre”, a ganância, o lucro se sobreporia sobre os demais humanos e a maioria das pessoas amargariam pobreza e sofrimento – sem que o Estado nada pudesse fazer.

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Porém, eis que vem o mundo contemporâneo. O poder dos EUA sobre as demais nações. Os grandes impérios econômicos, sobretudo, determinados pelos banqueiros, pelos donos de empresas de petróleo, pela metalurgia das armas, pelas indústrias farmacêuticas e as de tecnologia eletrônica e aeroespacial, além de outros poderosos da chamada Superestrutura. E essas pessoas são ainda piores (mais egoístas) que as de antigamente, da época de Adam Smith. Eles implementam o que é conhecido hoje como NEOLIBERALISMO ECONÔMICO. (Vamos explicar rápida e didaticamente isso!)  

Para os chamados Neoliberais, Smith estava superado. O Estado precisa ser ainda menor, isto é, todos os serviços, inclusive de educação, saúde etc., precisam ir para a “mão” dos empresários. O Estado apenas olha e vota as medidas que melhor estimulem essa nova “livre iniciativa”. O Governo não pode ter força sobre o Mercado; e cuida para que nenhum empresário perca sua capacidade de investimento, mesmo que isso custe mais dor e sofrimento para a população (como é o caso da Reforma da Previdência, que acaba com a nossa aposentadoria; a Reforma Trabalhista, que retirou diversos direitos dos trabalhadores; e agora a Reforma do Salário Mínimo, que será votada no Congresso Nacional, permitindo ao Governo não aumentar a renda já tão pequena do trabalhador em anos de crise econômica... e por aí vão outras reformas, que eles chamam de “estruturais”). O importante é que o empresário – e não é o pequeno empresário, mas aqueles GRANDES que citei acima – não percam um centavo de suas margens de lucro.

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Os neoliberais querem o que é chamado de Estado Mínimo, e acabar com as conquistas dos países que implementaram um pouco do que é conhecido como “Bem-estar Social”, isto é, alguma oportunidade de qualidade de vida, educação, saúde e outros direitos sociais que foram instituídos nas constituições destes países, entre eles, o Brasil.

Ocorre que para que os empresários neoliberais ganhem mais lucro, um esforço eles precisam fazer: comprar os Parlamentos dos países em que eles precisam aprovar suas reformas e medidas econômicas de abertura de mais capital do Estado – para os “grandes”. E no Brasil isso é muito fácil. A esmagadora maioria dos nossos Deputados e Senadores são vendidos igual a banana na feira. Exemplo: José Serra, senador por São Paulo, comprado pelas gigantes empresas de petróleo, Shell, Chevron, Exxon Mobil e outras, colocou um projeto de Lei no Congresso Nacional (e foi aprovado – por outros congressistas comprados) retirando o monopólio do petróleo brasileiro da Petrobras[2], nossa maior riqueza, uma empresa pública (isto é, pertence ao povo). Com isso, os nossos poços mais ricos em óleo podem agora serem vendidos a preço de chuchu de fim de feira para os estrangeiros (e é a desgraça que acontecerá hoje, dia 06/11/19, com o LEILÃO das reservas de petróleo do Brasil – que valem trilhões de dólares e serão vendidos por bilhões – marcado para daqui a pouco).

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Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, é um dos homens mais poderosos na atualidade no País. Porém, ele não tem popularidade. O povo não gosta dele, entende? Contudo, Maia serve aos grandes empresários como Jorge Lemann (dono da AMBEV e outras empresas), a banqueiros, às grandes corporações da mídia (como a Globo, que tem bilionários como donos, e são o tipo de escória mais egoísta que já se viu em uma nação – tiram do sangue de seu PRÓPRIO POVO para terem mais riqueza, não importa se o País afunde).

Então, gente como o Maia – que tem “patrão” mais poderoso – e Jorge Lemann, os donos do Bradesco e do Itaú, o Bispo Edir Macedo – dono da Rede Record (e demais proprietários de empresas de comunicação: Band, Folha de S. Paulo, Estadão, SBT etc.), todos eles são neoliberais – querem menos direitos ao povo, para que eles tenham mais lucro.

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Onde entra o Bolsonaro nessa história – e o motivo de eles AINDA não terem caçado o Presidente pelo tanto de meleca que esse doido já fez? Ocorre que o Bolsonaro está tendo a “coragem” de colocar no Congresso Nacional as principais medidas para acabar com a força mínima que o Estado tem perante o Mercado. Os pacotes econômicos apresentados por Paulo Guedes, ministro da Economia, e as privatizações das principais empresas do Governo, desgraças anti-populares, vários presidentes, principalmente o Fernando Henrique Cardoso (FHC) tentaram fazer, entretanto, não tinham a popularidade, e principalmente, a loucura de “tocar para frente”. Bolsonaro, sem saber (porque não passa de um idiota inútil, útil para os neoliberais) está promovendo a pior devassa com as riquezas nacionais, com os direitos do povo pobre e da classe média que esse Brasil já experimentou (e as pessoas estão dopadas).

Quando Bolsonaro acordar, irá perceber que não passou de um boi de piranha ridículo servindo a um sistema cruel. E talvez quando ele acordar, também eu, você (que lê este texto) e tantos outros pobres e classe média, já não estaremos vivos, bem. Sem direitos, no máximo seremos mortos-vivos pedindo as migalhas (das políticas públicas) que cairão do restinho que sobrar deste Estado Brasileiro – falido.

...................

[1] Por favor, você que estuda e entende o que falo aqui, explique para sua família, seus amigos, as pessoas que encontrar, para tentarmos acordar as pessoas enquanto ainda há tempo. Por gentileza, não deixe que essas pessoas destruam o pouco que temos, e destruam qualquer chance das futuras gerações terem um Brasil justo e com direitos.

[2] Não parece para ti COINCIDÊNCIA que a Petrobras esteja sendo destruída, ridicularizada logo após a descoberta das maiores reservas de Petróleo já encontradas em águas profundas (o chamado Pré-sal)? Pense!

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