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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Cancellier não se suicidou; foi suicidado

O colunista do 247 Alex Solnik comenta que o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina Luiz Carlos Cancellier passou "'apenas' 30 horas na prisão - para quem está de fora; mas para quem está lá dentro são intermináveis 108.000 segundos nos quais ninguém imagina o que pode acontecer, dado que as condições dos presídios brasileiros são medievais"; "Preso algum tem garantia alguma de vida ou de integridade física, nem mesmo quem tem diploma universitário, como Cancellier", diz o jornalista; "Seu 'suicídio' tem tantas aspas quanto o atribuído a Vlado Herzog, em 1975, que foi, na verdade, assassinado nos porões da ditadura militar. Esse crime não pode ficar impune", compara Solnik

O colunista do 247 Alex Solnik comenta que o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina Luiz Carlos Cancellier passou "'apenas' 30 horas na prisão - para quem está de fora; mas para quem está lá dentro são intermináveis 108.000 segundos nos quais ninguém imagina o que pode acontecer, dado que as condições dos presídios brasileiros são medievais"; "Preso algum tem garantia alguma de vida ou de integridade física, nem mesmo quem tem diploma universitário, como Cancellier", diz o jornalista; "Seu 'suicídio' tem tantas aspas quanto o atribuído a Vlado Herzog, em 1975, que foi, na verdade, assassinado nos porões da ditadura militar. Esse crime não pode ficar impune", compara Solnik (Foto: Alex Solnik)
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Assim como o Zé do Burro de “O Pagador de Promessas” entrou, carregado sobre uma cruz, morto, na igreja em que fora impedido de entrar vivo pela Igreja, o reitor Luiz Carlos Cancellier entrou nesta terça-feira 3 dentro de um caixão na Universidade Federal de Santa Catarina, onde fora proibido de entrar vivo pela Justiça.

Sob aplausos para ele e protestos contra os que provocaram o seu suicídio.

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Cancellier não se suicidou; foi suicidado.

Preso intempestivamente por agentes da Polícia Federal, a 14 de setembro último, antes de sequer ser ouvido a respeito de acusações infundadas que lhe fizeram, passou 30 horas encarcerado numa cela “com os piores bandidos de Santa Catarina”, segundo um amigo, em situação vexatória – “fomos despidos de nossas roupas”, escreveu ele em artigo-desabafo publicado em “O Globo”, dias antes de sua morte.

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Esse é o tratamento que o sistema prisional dá a um reitor no Brasil.

Foram “apenas” 30 horas na prisão - para quem está de fora; mas para quem está lá dentro são intermináveis 108.000 segundos nos quais ninguém imagina o que pode acontecer, dado que as condições dos presídios brasileiros são medievais.

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Preso algum tem garantia alguma de vida ou de integridade física, nem mesmo quem tem diploma universitário, como Cancellier.

Já em liberdade, foi proibido de voltar à instituição onde era querido, se graduou e fez carreira, sem ter o direito de se defender.

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Seu “suicídio” tem tantas aspas quanto o atribuído a Vlado Herzog, em 1975, que foi, na verdade, assassinado nos porões da ditadura militar.

Esse crime não pode ficar impune.

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