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Carlos Hortmann

Professor, filósofo, historiador e músico.

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Capitalismo, assassinato social e o futuro!

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No último dia de 2020 o Brasil avança, infelizmente, para ter 200 mil mortes vítimas da Covid-19. Vários vídeos circulam nas redes sociais com pessoas a viver como se o vírus não existisse no país, festas e mais festas. A indiferença de alguns - principalmente da burguesia monopolista e rentista, do ocupante da cadeira presidencial com um projeto de morte - custou a saúde e a vida de muitas pessoas.

 Gostaria de contar novidade, mas isso é o reflexo de um modo de sociedade em que foi naturalizada a morte de milhares de pessoas em situação de rua, daquelas que se quer têm o que comer, das que vivem em condições insalubre e afins. Poderia fazer uma grande lista das mazelas sociais fruto do capitalismo genocida, pois o importante nesse sistema é acumulação de riqueza em poucas mãos. Basta vermos quem foram os que ficaram mais ricos durante a crise pandémica que acentuou a crise estrutural capitalista. 

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 Estava a ler o texto de 1999, de um dos mais importantes intelectuais e teórico social brasileiro, Mauro Luís Iasi, que afirma o seguinte: “O triunfo das mercadorias levou a pontos nunca antes vistos: a desumanização, a miséria das massas, a prepotência dos monopólios e a concentração de capitais.” 

 Fiquei dias a pensar na afirmação feita por Iasi. Passaram-se mais de 20 anos e essa descrição só piorou. O capitalismo na sua fase neoliberal tornou-se ainda mais destrutivo, reacionário e assassino social. O desemprego superestrutural da periferia do sistema agora também atinge o capitalismo central. A precarização e a uberização do trabalho estão aí para vermos aos olhos nus o futuro da classe trabalhadora, se não fizermos uma revolução urgente. 

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  A lógica do movimento (descrita por Mauro Iasi) se mantém a mesma, só está cada vez mais agudizada e destrutiva. A pandemia só veio tirar o véu dessa imensa barbárie em que vivemos. Não há nada que escape da lógica da mercadoria. 

Reforço! A crise estrutural capitalista já não comporta soluções dentro desse sistema. Não há forma de humanizar o capitalismo como acreditam alguns reformistas. O tapete que cobria os projetos políticos reformistas e desenvolvimentistas (alla "rapaziada boa") - que têm fim em si-mesmo - já não conseguem esconder essa brutalidade capitalista e liberal, pois já está furado há muito tempo pelas próprias contradições do real!

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A crise capitalista não é mais uma rachadura no chão, são as estruturas desse prédio (sistema) que estão a partir e matar aqueles que vivem nos andares de baixo! Basta lembramos quem foi uma das primeiras vítimas de Covid-19 no Brasil - uma trabalhadora doméstica negra que pegou o vírus da patroa. As doenças e mortes são socialmente determinadas. 

 Esperamos que a vacina possa chegar, possamos tomar e nos organizarmos coletivamente para colocarmos fim a esse sistema de morte e exploração chamado capitalismo. 

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Um 2021 de muita luta, resistência e que possamos viver uma terra sem amos! 

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