Coração de estudante

Os estudantes fincaram pé nos campi das maiores universidades do mundo e sofrem em sua liberdade de expressão. Os EUA, que se consideram o bastião da liberdade, afrontam e ameaçam os jovens com prisões pelo simples fato de defenderem uma Palestina livre e viva!

Este baluarte da democracia americana, a tal Liberdade de expressão, sofre arranhões desde sempre e com um falso moralismo para criticar outros países como o Brasil. Entretanto, os congressistas do Capitólio se calam sob o genocídio porque aliados a grandes lobbies em seus mandatos. O tal Musk não disse nada até agora, ele que se diz defensor da liberdade de expressão. Aqui no Brasil, a Direita também não se manifesta, pois são hóspedes desse governo, atual Direita israelense. Grandes ícones, comentaristas e inclusive filósofos palestrantes, se borram, desconversam sobre Gaza para manter a pose de intelectuais e não atacar o problema real de uma comunidade indefesa que será dizimada. Há uma hipocrisia geral, tentando inverter ou silenciar os fatos, o óbvio. Tenta-se distorcer o foco das manifestações legítimas, alegando que sejam antissemitas – contra os judeus. Não, os estudantes se posicionam espontaneamente em favor da Palestina atingida. 

O movimento eclode também na França e em vários países no espírito do Vietnã dos anos sessenta, da resistência e lei do mais fraco, nos corações de estudante, de desafios humanitários. Os estudantes vão aos campi protestar em favor do povo palestino dilacerado pelo poder de Israel. Nos EUA, já são mais de oitocentos meninos e meninas presas pela polícia e sob ameaça de expulsão de seus cursos universitários. Nessas universidades há cidadãos de todo o mundo, brasileiros, hispânicos, europeus e, inclusive, judeus, os quais sabem que o protesto não é contra seu povo, mas em favor dos Palestinos. O chão de Gaza está crivado de crueldades, de sangue inocente, um inferno a céu aberto, pessoas enterradas vivas em covas feitas por tratores enormes, cadáveres de civis torturados. Quem lá assentará moradia? Que horror! Há um milhão de pessoas restantes do povo palestino, sem terem aonde ir e a máquina de guerra israelense os acua, impede ajuda de fora e promete invasão a Rafah, a qual se houver, exterminará um povo inteiro.

Ainda que pese o medo, pois há forças hegemônicas mundiais envolvidas, forças diabólicas, mesmo assim protestam e gritam por Gaza, a qual não pode abrir a boca nem protestar, aliás, quando se fala por Gaza se é recriminado, se é perseguido e se fazem aos estudantes as mais variadas ameaças, relegando-os a terroristas, que não são. Nos EUA, por exemplo, há medo entre os hispânicos de serem deportados, e há tantos medos, mas também coragem no coração jovem, o qual busca o sentido genuíno da vida e opta pela ação justa, e por avançar e por resistir e pelo direito a Vida.