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Marconi Moura de Lima

Professor, escritor. Graduado em Letras pela Universidade de Brasília (UnB) e Pós-graduado em Direito Público pela Faculdade de Direito Prof. Damásio de Jesus. Foi Secretário de Educação e Cultura em Cidade Ocidental. Leciona no curso de Agroecologia na Universidade Estadual de Goiás (UEG), e teima discutir questões de um novo arranjo civilizatório brasileiro.

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Gratidão, povo da Bolívia, pela Esperança dada ao mundo!

É a vitória dos espoliados, os indígenas, os camponeses, os trabalhadores e as trabalhadoras amontoados nas favelas e periferias do País. É a vitória do povo, de fato! Viva a Bolívia! Viva o Povo Boliviano!

(Foto: Imagem artigo Marconi Moura de Lima (20.10.2020))
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Sim! Como uma Esperança... Uma luz no começo do túnel, nessa luta por um novo paradigma civilizatório geopolítico de decolonização, direitos e oportunidades a todas e todos, a VITÓRIA do partido "Movimento ao Socialismo", o MAS, na Bolívia, que eleva à Presidência do País um aliado de Evo Morales, este último que sofreu um golpe de Estado[1] ano passado (2019), em cuja oligarquia sequestrada mental e economicamente pelo capital estrangeiro e pelo egoísmo de castas podres da herança colonial europeia, resolvera raptar do cargo um homem digno, um representante da ancestralidade indígena que havia, naquele momento, sido eleito democraticamente para uma etapa de sua mobilização de caminho revolucionário em seu país. 

A vitória de Luis Arce (neste último domingo, 18) é aquele típico "jogo de 6 pontos", cujo o time não apenas leva para casa os 3 pontos do campeonato, mas tira do adversário direto ao título os 3 pontos que lhes eram concorrência direta. 

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Isto é, não é apenas um "novo" presidente que primará pela continuidade de o Novo Constitucionalismo[2] Achado Nas Aldeias (o Bem-Viver), a garantia da Democracia e a efetividade da Cidadania, no entanto, o esforço pela Justiça de Transição[3], expurgando mais uma vez uma oligarquia subserviente aos interesses estadunidenses[4] e que poderia perfeitamente "teimar" em durar (maltratar os povos vulnerabilizados da Bolívia) por mais uma, duas, três décadas. (O sangue jorrou, mas estancado está por algum período que, torcemos, seja ao menos de uns cinco séculos para frente.) 

Também não é a vitória da democracia apenas, mas a derrota de um projeto colonial que tenta ressuscitar institucionalmente o tempo todo, em cada discreta temporada (no “campeonato” civilizatório). É a vitória dos espoliados, os indígenas, os camponeses, os trabalhadores e as trabalhadoras amontoados nas favelas e periferias do País. É a vitória do povo, de fato! 

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Viva a Bolívia! Viva o Povo Boliviano! 

... e muito obrigado pelo recado de Esperança dado aos espoliados do mundo, Bolívia!

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 [1] A Bolívia é hoje comandada por Jenine Áñez, que, com o apoio da alta cúpula militar e burguesa do país, se autoproclama presidenta interina. 

Lembrando que “essa gente”, logo que tomou o poder, ordenou às forças policiais um massacre que assassinou, com vistas a reprimir e desmobilizar os protestos, diversos apoiadores do ex-presidente Evo Morales, entre os quais, indígenas que não aceitaram o Golpe.

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 [2] Pesquise, quando puder, sobre as Constituições do Equador e da Bolívia. Estes povos souberam revolucionar uma nova geração de direitos fundamentais em cujos pilares fundantes de seus Estados abarcaram o elemento “Bem-viver”, semântica dos povos originários para os quais uma tríplice harmonia deve reger a vida, a existência e a “ordem” sistêmica, qual seja, i) Harmonia Eu-Eu; ii) Harmonia Eu-Outro; e iii) Harmonia Eu-Natureza. Todos o direitos e as políticas, portanto, precisam ter como base estes referentes, antes de principiológicos, programáticos.

[3] Destarte, “observa-se, assim, que a justiça de transição é associada a um plano estratégico de ações orientadas para a superação de regimes autoritários politicamente fundados sobre a prática de violações sistemáticas de direitos humanos, com vistas à instituição da paz e do respeito à dignidade humana como primazias do regime político e social”. (Antonio Escrivão Filho e José Geraldo de Sousa Junior, na obra “Para um debate teórico-conceitual e político sobre os direitos humanos”. Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2019.)

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Outrosssim, é o caminhar da justiça após os livramentos possíveis da tutela colonial, do domínio das ditaduras e estados de exceção, e de todos os ciclos históricos de hegemonias segregadoras e espoliadoras dos povos (em cada espaço-tempo de cada gente).

 

[4] Lembrando que o Golpe de 19 na Bolívia, além de outros, foi fortemente patrocinado por Elon Musk, magnata da tecnologia, cujo interesse direto é em uma das riquezas naturais da Bolívia, o lítio, matéria prima excedente naquele País e que é fundamental para a produção de baterias usadas em todo tipo de equipamento hoje em dia. 

A manutenção dos bilhões de dólares deste ser imundo que invade com seu poder-capital outras nações (comprando os golpistas), depende deste e outros minérios do “Triângulo do Lítio” (Chile, Argentina e, principalmente, Bolívia.)

Musk chegou a escrever em sua conta no twitter: “Vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso”. 

Os EUA, nos bastidores operaram para o Golpe a fim de manter seus interesses econômicos. E a OEA, mais uma vez preferiu chancelar a postura estadunidense que intervir no contra-golpe. 

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