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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Impeachment do governo, não só de Bolsonaro

"Quando Bolsonaro fala em armar a população a pretexto de evitar uma ditadura, todos permanecem calados. Inclusive Moro. Inclusive Braga Netto. Inclusive Luiz Eduardo Ramos. Todos. Ninguém o questiona", ressalta o jornalista Alex Solnik

(Foto: Marcos Correa/PR)
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Acho que a essa altura todo mundo já sabe de cor e salteado as frases e os palavrões que foram proferidos na reunião ministerial de 22 de abril, data do Descobrimento do Brasil, por sinal, ao que ninguém fez referência.

Tudo o que aconteceu ali na sala de reuniões do Palácio do Planalto, em Brasília, foi estarrecedor e mostra que o golpista, o conspirador, o chulo, o escatológico não é apenas Bolsonaro, é todo seu ministério.

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E vice-versa.

Quando por exemplo, o ministro da Educação (?) Abraham Weintraub chama os ministros do STF de vagabundos que deveriam ser presos, Bolsonaro não o repreende. Nem Moro. Nem Braga Netto. Ninguém. Todos concordam, com o silêncio, com a calúnia.

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Quando Damares Alves diz que vai prender governadores, da mesma forma Bolsonaro permanece calado. Moro, idem. Quem cala, consente.

Quando Bolsonaro fala em armar a população a pretexto de evitar uma ditadura, todos permanecem calados. Inclusive Moro. Inclusive Braga Netto. Inclusive Luiz Eduardo Ramos. Todos. Ninguém o questiona, já que o monopólio da força é do estado numa democracia.

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Quando Ricardo Salles propõe aprovar medidas ilegais aproveitando a distração da imprensa com a epidemia, Bolsonaro não o admoesta. Ou seja, concorda com ele.  

Quando o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirma que se sua filha tivesse que entrar num camburão por furar a quarentena ele pegaria suas 15 armas e iria para matar ou morrer, nem Bolsonaro nem Moro o advertem que ninguém pode fazer justiça com as próprias mãos.

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Quando Bolsonaro chama Doria de bosta e Witzel de estrume, todos ficam quietos. Quando diz que não vai abrir as pernas se o STF apertar, nenhuma voz se levanta contra. Nem a de Moro.

Quando Bolsonaro diz que perde o ministério quem for elogiado pela Folha e pelo Globo, ninguém protesta. Como evitar que um jornal elogie alguém?

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Quando afirma que “em alguns ministérios tem gente deles” ninguém o questiona, nem pede mais detalhes.

Quando repete várias vezes que vai interferir em todos os ministérios e até na Polícia Federal, os ministros não se manifestam. Concordam com tudo isso. Como cordeirinhos.

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Mas não há dúvida que o troféu de ministro mais perplexo vai para Nelson Teich que acompanhou o delírio de Weintraub, sentado a seu lado, explicitamente boquiaberto.

Resumo da ópera: não apenas Bolsonaro, todo o seu governo deve ser afastado.

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