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Camilo Irineu Quartarollo

Autor de nove livros, químico, professor de química, com formação parcial em teologia e filosofia.

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Invasão das águas

"Ou se tomam providências sérias, liberam-se verbas e fiscalização, ou o Brasil vai continuar fazendo água. Ano que vem tem mais."

Rio Grande do Sul atingido por temporais (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)
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A Crise Climática é fato consumado, está entre nós. A água chegou na bunda, e passou! Foi acachapante no Rio Grande do Sul. Tememos quando essa chegar mais forte ao Rio de Janeiro, na Bahia e outros lugares à beira mar, mas há décadas os cientistas pregavam no deserto essas ocorrências de desmatamentos recordes, poluição e o gás com efeito estufa o qual derreteria as camadas polares e derreteu. O Sul já teve inundações homéricas, no ano passado novamente os cientistas previram que neste ano seria até pior, mas... políticos de Direita ainda estão negando. Melchiona, Maria do Rosário e Reginete Bispo doaram 1,7 milhões para ajudar as cidades do Sul. Embora elas, os 31 deputados sulistas na Câmara federal não lhes seguiram o exemplo em disponibilizar suas verbas milionárias para reconstruir a infraestrutura riograndense.

Porto Alegre foi atingida, pega em cheio pelo Guaíba. Todos correm para auxiliar, os estados mandam suas aeronaves e até vizinhos como o Uruguai se solidarizam. Com certeza o arroz pode subir o preço de novo, as plantações de soja também ficam comprometidas, talvez o gado no pasto não sobreviva e as doenças como leptospirose ocorram. É a destruição pelas águas, de cujas nossos noés tanto falaram e não foram ouvidos. Mas e agora?

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Onde estão as obras de infraestrutura? O reordenamento urbano? 

O governo federal monta gabinetes de crise com ministros e técnicos para ajudas ao estado atingido. Lula foi ao RS e teve de retornar para receber o primeiro ministro japonês, o qual manifestou apoio e condolências pelo Rio Grande do Sul. Nós podemos vender mangas amarelinhas para os japoneses, dar-lhes picanha no almoço, comida japonesa no bairro da Liberdade em São Paulo, mas lá, lá no Japão, há tecnologia de segurança contra cataclismos, terremotos, enchentes. A Holanda, um país abaixo do nível do mar, resiste bem, assim como Cuba com seus terremotos anuais. No último terremoto do Japão a TV mostrou um edifício que balançava e pela tecnologia de suporte não caiu nem trincou uma vidraça. 

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É preciso se antecipar, “dar orelha” aos ambientalistas sim e acabar com esse negacionismo. O governo acena com a Gestão de riscos das Encostas, dos Diques, das Comportas, mas é preciso mais que isso. Precisa rever esse orçamento em mãos dos deputados, que parecem “buchos sem fundo”, para reconstruir as cidades, os viadutos, os edifícios, retirar casas das orlas – isso vai demandar suor, negociação política. 

As obras de infraestrutura que se necessitam são obras que resistam e atenuem a Crise Climática, que não naufraguem como navios, que suportem deslizamentos, edifícios e pontes que mesmo se movendo não se desintegrem, construções que suportem terrenos movediços. 

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Ou se tomam providências sérias, liberam-se verbas e fiscalização, ou o Brasil vai continuar fazendo água. Ano que vem tem mais.

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