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Miguel Paiva

Miguel Paiva é chargista e jornalista, criador de vários personagens e hoje faz parte do coletivo Jornalistas Pela Democracia

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Nem Flamenguista nem Palmeirense

"Jair Bolsonaro não é nem flamenguista nem palmeirense. É oportunista, aproveitador e incompetente", escreve Miguel Paiva, do Jornalista pela Democracia

(Foto: Miguel Paiva)
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Por Miguel Paiva, para o Jornalistas pela Democracia

Jair Bolsonaro não é nem flamenguista nem palmeirense. É oportunista, aproveitador e incompetente. Aliás, os incompetentes mentem, se fazem passar por outros para iludir os coitados que acreditam nele. O que Bolsonaro fez às vésperas do jogo final da Libertadores o tornou o mais mentiroso ainda e o mais recente e poderoso pé frio, substituindo o já calejado Mick Jagger. 

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Bolsonaro e Moro já haviam tentado se aproveitar da camisa rubro negra no passado. Bolsonaro mais escrachado e Moro mais discreto, mas ambos aproveitadores da crença alheia. Essa história de políticos se aproveitarem dos times de futebol para aumentar o alcance do seu carisma é antiga. Desde do ditador Médici que exibia sua preferência pelo Flamengo e isso não diminuiu sua crueldade e seu fascismo atuante até o eleito Lula que era Corinthiano. Os outros, eu nem lembro. Mas eles torciam por um time fixo e tinham sua simpatia que o cargo impunha pelos outros. 

Bolsonaro, não. Se aproveita das torcidas e na hora de uma disputa que envolve seu time do coração (se é que ele tem um), o Palmeiras, com o mais querido do Brasil, o Flamengo ele acaba, num gesto já corriqueiro seu, apoiando o que ele acha que vai ganhar e trazer mais votos. Essa falsidade custou caro ao Flamengo. Não é que jogou para merecer a vitória, mas aquele erro do Andrés, do Fla causou o gol que deu a vitória ao Palmeiras. Foi um erro bobo, quase uma fatalidade, típica de quem colocou uma cisma sobre o jogo. 

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O pé frio do presidente foi o causador, não resta a menor dúvida. O Flamengo já vem passando por momentos complicados, apesar da sua torcida não ter nada a ver com isso. A marca Havan na camiseta, que já fez o excelente Edu Krieger criar uma de suas paródias hilariantes, o técnico Renato Gaúcho que não esconde sua simpatia pelo Jair e sua incompetência e instabilidade para treinar o time e a arrogância da equipe que, confesso, vem diminuindo com o passar do tempo e o colecionar dos fracassos. 

O Flamengo não precisaria de nada disso. Vê-se claramente que o que está em volta, Renato, Bolsonaro e  Havan, acabou atrapalhando o time que de talentos está cheio e tinha tudo para vencer. Sobretudo para calar a boca do arrogante e também bolsonarista Felipe Melo que depois do jogo mostrou toda a sua deselegância esbravejando impropérios para todo lado. Foi uma pena. Um jogo que mobilizou uma multidão acabou sendo palco de momentos tristes.

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Espero que daqui pra frente Bolsonaro fique calado. Não sei nem se vai dar um tempo para festejar a vitória do seu Palmeiras. Que faça. Que aproveite porque daqui pra frente não sei se vai ter novas vitórias para festejar. Do time do Lula, por exemplo, ele não tem como vestir a camisa. Que bom. Pelo menos esse pé frio não vamos ter do nosso lado.

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