O Brasil é desgovernado por tremenda falta de ética
O caminho da retomada da democracia passa pelas mãos do povo unido e pelos pés dispostos a caminhar quilômetros para atropelar do poder os usurpadores antiéticos e anti-Brasil
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Queridíssima amiga Professora Graziella Muniz, Cametá, Pará
Meu peito ainda acalenta o calor humano, fraterno e alegre deste povo aí de Cametá, de tremendas e ricas raízes culturais e históricas. Tua simpatia e delicadeza também me são representativas da beleza e inteligência das mulheres cametaenses, indígenas, pescadoras e ribeirinhas. Muito obrigado pela imensa e calorosa acolhida.
Muito se fala em ética sem que se saiba deste assunto, confundindo com regrinhas moralistas.
Ética tem dois sentidos profundos. Um é o da representação dos costumes, das culturas e hábitos arraigados nas comunidades e coletivos humanos. Quanto mais estudamos sobre os costumes das comunidades e povos tanto mais nos humanizamos e nos enriquecemos socialmente.
Nesse sentido ser ético é viver o pertencimento a uma comunidade, a um grupo social, onde e quando recebemos identidade e construímos a personalidade de cada pessoa.
É nas comunidades que cada um de nós é construído como pessoa moral, pronta a ser humana no mundo das relações com todos os outros seres de culturas diferentes das nossas.
No segundo sentido, ética é o tornarmo-nos humanos, ricos em vínculos, em comunhão com os nossos, com senso de justiça coletiva, cultivando os melhores valores que norteiam nossa convivência na defesa do que somos e do que as outras pessoas de outras comunidades são. Isso se dá num processo de depuração e de maturação das bases morais que cada pessoa consolida em seu ser para ser ética com todas as outras iguais ou diferentes.
Ser éticos é vivenciarmos a intensidade de nossa humanidade, abrindo-nos com segurança e sensibilidade para os interesses e necessidades de nossas coletividades e de nossos semelhantes.
Nesse contexto atroz e desumano capitalista há minguados exemplos de governos realmente éticos no sentido de que moralmente representem nosso povo nos seus programas de governo e nos seus orçamentos.
Na conjuntura atual no Brasil, pelo contrário, vivemos a mais violenta ruptura ética de nossa história. A mais contundente afronta à ética. O mais estrondoso desrespeito moral.
O desgoverno golpista de Michel Temer pisa, humilha e defeca sobre os valores éticos de nosso País e de nosso povo. Não somente ele, mas seus anteparos e apoiadores como a mídia, os institutos de pesquisa e os esqueletos putrefatos da economia concentradora de riquezas e de renda, como é o caso da FIESP e FEBRABAN, com suas artimanhas para nos roubar através dos bancos.
Inúmeras vezes escrevi aqui sobre este golpe que se dá contra a democracia.
O que ocorre é profundamente antiético, primeiro porque pisa na Constituição brasileira que, embora imperfeita, é resultante das lutas do povo brasileiro. É a síntese de nossa ética nacional. Este povo fez, graças a milhões de mobilizações, pressões que emergiram em Brasília, encharcadas dos interesses, profunda fome e sede de justiça social como são os casos dos trabalhadores das cidades, dos campos, das águas e das matas. Na Constituinte desembocaram as ansiedades dos quilombolas, dos negros, dos indígenas, das mulheres, da juventude na busca de estudos, de especializações e de trabalho para servir o País.
Temer e seu bando de ministros fichas sujas e investigados são imorais porque desrespeitam a humanidade coletiva de nosso povo, rendendo-se descaradamente ao capital internacional e aos ricos conservadores nacionais, sem nenhuma sensibilidade ética e social.
Segundo, Temer e seu bando golpista são imorais porque cuspiram na ética da aliança que fizeram para governar o País até 2018.
Ora, isso gera desconforto e destrói os laços sociais, seguindo a lei do mais forte que ganha na artimanha e na puxada de tapetes, sem o povo e contra ele.
Temer e seu bando são imorais, porque desonestos e inconfiáveis.
Terceiro, Temer e seu bando são antiéticos porque são serviçais do que há de pior, desonestos e sujos na sociedade brasileira e internacional.
Como mariposas ao redor de lâmpada suja, os donos da mídia, dos institutos de opinião, os banqueiros, setores do judiciário, da polícia federal, das promotorias e os agentes internacionais interessados em abocanhar nosso pré-sal, nossa Amazônia, nosso Petróleo, nossa Petrobrás, nossos Bancos Caixa, do Brasil e BNDES se juntam ao desgoverno golpista para, antiteticamente, destruir o Estado democrático inclusivo que minimamente construímos até aqui.
Temer e seu bando são imorais porque destroem a democracia se juntando aos assaltantes nacionais e internacionais para desfazer nossos direitos e vontades de justiça social.
Neste início de semana temos vários exemplos da imoralidade dos comparsas de Temer e seu golpe. Um é da farsa da pesquisa da Folha que deu como maioria da opinião pública a favor de Temer, omitindo que 60% pede eleições para presidente e vive presidente da república. Descoberta, a direção do instituto de pesquisa reconheceu o erro intencional e golpista.
Outra falta de ética em apoio a Temer, imoral e golpista, é o alívio que a mídia suja lhe dá, blindando suas irresponsabilidades no atentado aos direitos dos trabalhadores e à onda de privatização que impõe ao País.
Tudo isso e muito mais mostra Temer e seu governo de integrantes com vasta folha corrida e imoral, por não ter compromisso ético com nosso povo e seus problemas.
Nosso povo não é constituído por grupelhos soltos, mas por gigantescas comunidades que precisam do Estado para sobreviver, crescer e ajudar o País a se desenvolver eticamente.
Estas mesmas comunidades lapidaram a Constituição lhe dando rosto e cerne. Mas o imoral Temer as despreza e esfrangalha nossa alma constitucional.
As consequências disso serão o desemprego e, com os que trabalham, tendo seus direitos empobrecidos e atropelados, a fome e a ignorância de milhões de jovens sem escola e sem trabalho.
A imoralidade de Temer não é briga de pais com filhos adolescentes. Significa a destruição do Pais com o objetivo de ajudar os Estados Unidos e os ricos, essa elite escravocrata e cruel socialmente.
A falta de ética de Temer tem implicações concretas terríveis.
A solução é a maturação do espirito rebelde organizado de nosso povo.
A nova ética social não virá de Temer nem do Congresso, mas do povo mobilizado tomando as ruas, praças, parques e campos do Brasil. O caminho da retomada da democracia passa pelas mãos do povo unido e pelos pés dispostos a caminhar quilômetros para atropelar do poder os usurpadores antiéticos e anti-Brasil.
Fora Temer, desgoverno sem ética e imoral!
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