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Miguel Paiva

Miguel Paiva é chargista e jornalista, criador de vários personagens e hoje faz parte do coletivo Jornalistas Pela Democracia

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O que está havendo com o mundo?

"Que mundo este nosso se tornou? Um mundo de mentiras em que a verdade vai acabar determinando o prazo de validade", escreve Miguel Paiva

(Foto: Miguel Paiva)
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Apesar de investigado e provavelmente condenado, Trump aparece como favorito nas eleições americanas. Milei foi eleito na Argentina e continua cometendo erros sobretudo contra a população. Em El Salvador, o recém eleito Bukele, o presidente que se fantasia de jovem, decreta a prisão em massa de supostos milicianos sem se preocupar em envolver nisso pessoas inocentes. E não estou incluindo nem Putin, nem Zelensky e nem Netanyahu. No Brasil, depois das opiniões sensatas sobre o conflito em Gaza, Lula vê sua popularidade entre os evangélicos despencar mais ainda.

Se deixarmos, o Brasil também vai continuar sua trajetória rumo ao fascismo através do seu Congresso conservador e das forças reacionárias que ressurgiram depois do advento do bolsonarismo. Eu até insisto em não chamar de bolsonarismo. Bolsonaro não tem estofo para criar uma ideologia. Fascismo e extrema direita são termos mais apropriados e que apareceram de vez com o favorecimento, aí sim, de Bolsonaro. Tirando alguns países da Europa do norte, e assim mesmo são poucos, e outros em que o nível de desenvolvimento humano já chegou a um bom padrão, são poucos os países que colocam a população trabalhadora como prioridade. “Farinha pouca, meu pirão primeiro” é o ditado mais usado. 

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Temos a China como contraponto desta situação, mas com uma realidade bem diferente da nossa e com aquela população toda impossível exigir um governo com mais liberdade. Aliás, onde essa liberdade está sendo usada de modo democrático e por todos? É complicada a situação do mundo. Afora as guerras horríveis que vemos com o apoio dos países produtores de armas, assistimos também a espetáculos dantescos nos países bem pobres do Caribe, da América Latina ou da África em que a violência, a ausência do Estado e o abandono do resto do mundo agravam terrivelmente a situação. O que acontece no Haiti, no Sudão, em Gaza mesmo com o silêncio do mundo me deixa perplexo. 

Claro que guerras sempre existiram e o ser humano não passou a ser perverso agora. O que mudou foi a comunicação. Ficamos sabendo de tudo imediatamente e sem filtro. E isso também espanta porque em tantos anos, usando como exemplo a minha trajetória de vida, muito pouca coisa mudou. Os ricos continuam mais ricos, os poderosos mais poderosos e explorando os mais fracos, as guerras e a fome matando, a religião oprimindo as pessoas e, a cereja do bolo, as big techs hoje se dando bem e estabelecendo novos padrões de comunicação, entretenimento e conhecimento. 

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Como sempre, o que sobra é para poucos e o que interessa é a ignorância disfarçada de informação para muitos. Não é por menos que as fake news se estabeleceram com tanto sucesso. A mentira tem mais sabor, é mais glamurosa e nos deixa livre para inventar o que quisermos. A verdade é insossa, apesar de real. Não interessa aos poderosos que ela exista. Espalhar mentiras virou o objetivo dessa gente no mundo. E que mundo este nosso se tornou? Um mundo de mentiras em que a verdade vai acabar determinando o prazo de validade. Esse não há mentira que transforme. Do jeito que está vai sobrar pouco tempo.

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