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Camila Ribeiro

Formada em História pela Universidade Federal da Bahia

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Os portugueses só cobravam 20%

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Neocolonialismo – entreguismo – vacinas – Assange – está tudo ligado! Observe: 

O 2 de julho é dia sagrado na Bahia, em comemoração à luta pela independência, aniversário de nossa libertação político-administrativa do Reino de Portugal. 

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A libertação não veio com o grito de um playboy às margens de rio que hoje é podre e fétido. 

A libertação veio com muita luta, sangue, morte de povo, gente pobre, corajosa, real. A libertação político-administrativa. 

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2 de julho cai este ano numa sexta-feira: dia costumeiro de tuitaço por Julian Assange. 

Julian Assange que fará aniversário de 50 anos neste sábado, 3 de julho. 

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Assange completará 50 anos de vida dentro de uma prisão de segurança máxima. 

Assange completou 11 anos de perseguição e 10 de cativeiro – segundo a própria ONU. 

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9 anos sem pôr os pés na rua, 9 anos sem tomar sol apropriadamente, sem respirar ar puro, sem ter assistência médica. 

11 anos de ameaças de morte, campanha de difamação, humilhação, tortura psicológica, terror, e saúde destruída. 

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E por que toda essa violência contra esse homem? 

Porque ele teve a ousadia de trazer para a humanidade inteira o instrumento essencial para que sejamos realmente livres: a verdade sobre o que os mais poderosos fazem com o aparato estatal construído com o trabalho do povo e usado contra o próprio povo em benefício dos mais ricos e para desgraça dos povos que pagam a conta. 

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O instrumento no caso é o aparato de guerra do norte global que é capitaneado pelas forças armadas dos Estados Unidos. País esse que comemora no domingo 4 de julho sua festa de independência contra o Reino Unido – país esse que por sua vez mantém cativo Julian Assange por ordem dos Estados Unidos. 

Reino Unido, país cuja vacina Oxford/AstraZeneca é injetada nos braços brasileiros com muito atraso, e Estados Unidos, cujo diretor da CIA veio visitar Bolsonaro esta semana e que abriga Moro em Washington, se vangloriam de serem pátrias da liberdade e da mais alta civilização. 

Americanos e britânicos não matam mais uns aos outros. Pelo contrário, eles são hoje muito parceiros, e até dividem reuniões em embaixadas mundo afora para discutir interesses comerciais em comum. Um interesse em comum é o Brasil. 

Em documento de 2005 da embaixada americana em Brasília, vazado pelo WikiLeaks, José Dirceu, quando era chefe do ministério do governo Lula 1, é citado como persona non grata por taxar as Big Pharma no Brasil, especialmente por quebrar patentes de drogas anti-HIV e por ser defensor de produção em massa dos remédios genéricos. 

Noutro documento de 2006 (final do governo Lula 1) representantes de farmacêuticas anglo-americanas afirmaram em conversas na embaixada americana que preferiam que José Serra não fosse o escolhido pelo PSDB para concorrer à presidência. Esses farmacêuticos tinham bronca de Serra por ele ter sido um ministro da Saúde não submisso aos interesses destas empresas. Os industriais, como aparece na comunicação diplomática, preferiam que Geraldo Alckmin fosse o escolhido pelo PSDB. 

Alguém se lembra quem foi que concorreu pelo PSDB em 2006? 

E alguém se lembra o que foi feito contra José Dirceu, aquele que estava cotado para suceder Lula em 2010? 

Ao final de 2020, o site de jornalismo Brasil Wire revelou que no início de 2018 a mesma embaixada americana teria recebido o ainda não oficialmente candidato Bolsonaro numa reunião com representantes de empresas americanas e britânicas. A lista de convidados da reunião com Bolsonaro era encabeçada por um representante da AstraZeneca no Brasil. 

O que será que conversaram os representantes da AstraZeneca com Bolsonaro? 

Essa reunião tem algo relacionado ao Bolsonaro fazer lobby pela vacina inglesa e até ter tentado obrigar apenas e tão somente a aprovação desta vacina? 

É preciso ser teórico da conspiração para lembrar que a Cambridge Analytica também fica na Inglaterra? 

Alguém sente cheiro de ... pagamento de dívidas de campanha? 

Eu sinto cheiro de 500.000 mortos por sufocamento. 

Alguém que recebeu no braço a vacina da AstraZeneca sente que pagou bem mais que o preço na fatura? 

Bolsonaro está ameaçado de finalmente ser pego por causa dos escândalos relacionados a sua gestão latrocida da pandemia. Acusações de crimes contra a humanidade, extermínio de população pobre através de crime de pandemia e genocídio de indígenas e quilombolas, são coisas que estão no escopo de Tribunal Penal Internacional. 

No entanto, o chefe da CIA veio hoje (1o. de julho) ao Brasil se encontrar com Bolsonaro, a despeito de Biden ter dado sinais de que não quer conversa com o miliciano na presidência. O partido democrata já foi mais sutil. 

A mesma CIA recebeu várias visitas do ex-ministro-da-justiça & ex-juiz-parcial/suspeito Sergio Moro quando era juiz-parcial e ministro. 

O mesmo Moro, quando juiz-sempre-parcial foi vazado pelo WikiLeaks em documento da embaixada americana em Brasília de 2009. No documento Moro dá palestra em convenção para juízes, promotores, e policiais federais do Brasil e da América Latina no “Projeto Pontes”. O documento diplomático finaliza o relato dessa convenção com reflexões sobre qual a melhor vara para enfiar uma força-tarefa no Brasil para combater um tal de “terrorismo”. Curitiba é citada como cidade de preferência. Em 2011, o mesmo Moro já aparece inserido no julgamento do Mensalão como auxiliar da ministra Rosa Weber. Julgamento esse que terminou de assassinar a imagem pública de José Dirceu, o comandante do governo Lula. O mesmo Dirceu odiado pela indústria farmacêutica anglo-americana. 

É interessante observar aqui que o mesmo STF encontrou sabe-se-lá-com-que-lentes-de-aumento indícios suficientes de responsabilidade de José Dirceu pelo tal Mensalão, aceitou todo o estupro jurídico que foi a Lava Jato, mas não encontrou até hoje os responsáveis pela mega operação de fakenews que alavancou a campanha de Bolsonaro em 2018. A mesma Rosa Weber, aquela de voto de Schrödinger, quando presidente do TSE, carimbou a eleição de Bolsonaro, a despeito de trabalho impecável de Patrícia Mello. 

Julian Assange, que vazou muitos diabos por todo o planeta, teve seu processo de extradição para os EUA negado por corte londrina em janeiro de 2021. A juíza inglesa (envolvida até o pescoço com a indústria de guerra/espionagem da OTAN) condenou o jornalismo de Assange/WikiLeaks como espionagem cibernética/terrorismo cibernético/coisa de maluco perigoso, enfim, a juíza aceitou toda a tese copiada-colada da acusação americana, mas recusou a extradição devido às péssimas condições das prisões de segurança máxima dos Estados Unidos e por medo de que Assange cometesse suicídio. No entanto, ao não libertar Assange (não condenado por crime algum em país nenhum) e ainda dar infinito espaço de tempo para o Departamento de Justiça Americano preparar uma apelação do pedido de extradição, a justiça britânica joga no esgoto a Carta Magna Inglesa (e 805 anos de marco civilizatório) e se coloca como mordomo do “DOJ”. 

Como? O Departamento de Justiça Americano na administração Obama entendeu que não poderia vencer um caso de espionagem contra Assange, pois as acusações de fato lidavam com práticas tipificadas como jornalismo. A administração brucutu de Trump não teve pruridos em orquestrar o sequestro/cativeiro/extradição, mas uma eleição bagunçou tudo. O democrata que bombardeou o Oriente Médio como vice-presidente-de-fato-de-Obama não quer o ônus de jogar numa masmorra-caixa-de-ferro o jornalista que mais causou impacto no mundo. Biden se reinventou como novo Roosevelt e defensor da liberdade de imprensa no país dos outros, enquanto mantém Assange preso no Reino Unido. Para manter as duas caras brilhando, Biden precisa da ajuda do amigo britânico. E assim Assange segue preso, sem uma condenação sequer, esperando uma apelação americana sem prazo para chegar e sem direito a liberdade condicional. E tudo isso apesar de Assange “morar” em Londres há 11 anos, ter uma companheira e dois filhos pequenos ingleses com ela. O fato de a testemunha chave contra Assange no processo de espionagem ter recentemente admitido que mentiu inteiramente, e o fez sob ordens da acusação americana, parece ser filigrana para o judiciário britânico. 

O que o judiciário britânico está fazendo é aceitar o papel de carrasco terceirizado dos EUA, de forma totalmente ilegal, imoral, desumana e humilhante para o próprio Reino Unido. Com sorte, para Reino Unido e Estados Unidos, Assange morre por covid ou comete suicídio. Com algum azar, Assange resiste, e o que restará para os carrascos transatlânticos é forjar um suicídio ou prolongar anos de encarceramento ilegal, enquanto a imagem de defensores da liberdade é destruída com cada revelação de crime cometido pelos estados contra Assange. 

A cereja no bolo de aniversário de Assange é o surto de covid que alastra na prisão onde ele está, a ironicamente chamada de Hellmarsh. 

Enquanto isso: 

Donald Rumsfeld, o arquiteto da guerra no Iraque, morreu aos 88 anos, cercado por familiares, depois de causar mortes e tortura de milhares de pessoas. 

Sergio Moro, o jegue-de-Tróia, passeia em Washington, depois de destruir o Brasil, e corre o risco apenas de ser trolado por Patrícia Lélis. 

Este será o 3º. aniversário de Julian Assange numa prisão de segurança máxima. 

Este é o 2º. ano de celebração virtual do 2 de Julho em que os baianos passarão enclausurados devido a pandemia. 

Bolsonaro tinha planos de vir a Salvador fazer mais uma moto-afronta, mas cancelou. Terá sido a reunião com o chefe da CIA? 

Os portugueses cobravam apenas 20% 

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