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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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Por que Bolsonaro voltou a atacar

O colunista Moisés Mendes afirma que Bolsonaro age em função de sua insegurança. Ele diz: "Tudo em sua cabeça passou a ser mobilizado e atordoado pela insegurança. Bolsonaro adverte, toda vez que dizem que foi controlado pelos auxiliares e pelos militares, que ele é quem manda e desmanda. Que é incontrolável"

Norte-Nordeste, sem Ministério, pode derrotar Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Bolsonaro é acionado cada vez mais pela insegurança. Suas últimas atitudes têm a mesma explicação: a fala na TV no dia 24 – quando incentivou o fim do isolamento e afrontou a ciência e os governadores –, o passeio de hoje em Brasília e a ameaça de baixar um decreto acabando com o isolamento.

Tudo em sua cabeça passou a ser mobilizado e atordoado pela insegurança. Bolsonaro adverte, toda vez que dizem que foi controlado pelos auxiliares e pelos militares, que ele é quem manda e desmanda. Que é incontrolável.

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Foi assim na fala do dia 24 na TV, que disseminou o terror em cadeia nacional. Durante dois dias, antes do pronunciamento, os jornalistas informaram, quase como consenso, que Bolsonaro iria pedir uma trégua, depois das discordâncias com os governadores e com Luiz Henrique Mandetta.

Para reagir e desmoralizar o jornalismo, Bolsonaro reuniu seu grupo de fundamentalistas em torno de Carluxo e mandou que elaborassem um discurso radical.

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Era a vitória do gabinete do ódio. Fez tudo ao contrário do que se previa e desafiou de novo seu ministro da Saúde, os especialistas em pandemia, os médicos, os enfermeiros, o Supremo, os generais, o bom senso e a população.

Estava incomodado e inseguro com a notícia de que havia sido domado e queria provar o contrário.

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Ontem, a fala de Luiz Felipe Mandetta pró-confinamento, completamente diferente do que ele vinha dizendo nos últimos dias, induziu à mesma interpretação.

Bolsonaro teria sido convencido pelo próprio Mandetta e pelos militares a se acalmar, em reunião realizada pouco antes da coletiva do ministro. Foi a reunião mais tensa para tratar da pandemia.

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Na coletiva, Mandetta chegou a definir os participantes das carreatas contra o isolamento como manada e foi categórico na condenação das manifestações.

O que fez Bolsonaro hoje? Saiu às ruas de Brasília no dia seguinte pela manhã, para avisar de novo: não fui e não serei controlado nem pelo ministro da Saúde e tampouco pelos generais.

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Bolsonaro avisou que toda notícia sobre trégua ou imposição de ordens subalternas será desmentida no dia seguinte com uma atitude desafiadora.

O alerta de que pode decretar o fim do confinamento, liberando comércio, cultos e quem quiser trabalhar, contrariando de novo Mandetta, os cientistas, os governadores e o Supremo (que legitimou as ações dos Estados) amplia a radicalização.

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É o limite? Com Bolsonaro sem controles, não há limites. Bolsonaro manda em quem quer ser mandado.

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