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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Terremoto Turquia/Síria. Perdemos a voz diante do desastre

Agente de resgate nos destroços de prédio destruído por terremoto em Kirikhan, na Turquia 07/02/2023 REUTERS/Piroschka van de Wouw (Foto: PIROSCHKA VAN DE WOUW/Reuters)
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Apenas 24 anos depois de um grande terremoto devastar a Turquia, três grandes tremores de terra resolveram destruir tudo que foi reconstruído. Sabemos que a Turquia está inserida na placa Anatólia, que está envolta de outras grandes placas. Um país que conhece esse tipo de desastre natural, que nem os cientistas conseguem prever a sua chegada. O problema é quando o adensamento das cidades são envoltas de grandes prédios além das construções precárias da população de baixa renda, se transforma em grande preocupação o resgate de vidas. Hoje, vivemos em um mundo que se pensa nas cidades chamadas inteligentes, que precisam pensar em reciclagem, gestão ecológica e tecnologia a serviço dos tempos de mudanças climáticas. A Turquia segue sendo uma cidade das mais atingidas por terremotos na história. Um dos primeiros terremotos registrados no país, explica muito a sensação da população.

Alasehir foi a cidade mais antiga registrada, atingida por um terremoto. Aconteceu antes do ano 115 depois de Cristo. Um total de 12 cidades foram gravemente afetadas por este terremoto, e o centro do terremoto foi nas cidades de Alaşehir e Manisa. Smirna, que hoje também foi devastada, foi uma cidade muito importante depois de Cristo. Temos que reverenciar a figura de Policarpo de Esmirna que foi bispo de uma das sete primeiras igrejas do mundo e foi um registro vivo do que acontecia naquela região. Assim como ele, havia  Aelius Aristeides, um dos principais oradores do período. Ele foi o responsável por persuadir o imperador Marco Aurélio a ajudar a cidade, e assim a cidade foi reconstruída. Aelius  não estava no local, mas quando soube , preparou dois discursos dialeto ático escrito e é um exemplo de poesia em prosa. 

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Aelius Aristeides acabou sendo o fundador de Esmirna. Sem exagero. Pelo seu texto, levou o imperador as lágrimas. Quando o Imperador Marcus a leu, a carta molhado de lágrimas disse: 'Os ventos do oeste agora sopram em terras desoladas' e reconstruiu a cidade. Por causa desse sucesso, eles ergueram uma estátua de bronze dele na ágora. Nos textos ao Imperador, temos alguns trechos como: “Que fonte de lágrimas é suficiente para descrever um desastre tão grande? Qual sinfonia, cuja performance de coral, linda, em que as pessoas correm para ajudar três vezes. O coro pode chorar por esta cidade glorificada por hinos? A Ásia está caindo!”. E também: “Ó meus grandes imperadores, eu dei discursos e palestras para vocês no passado. Mas agora Deus me designou outro trabalho. o ornamento da Ásia, Esmirna, a queridinha do seu império, foi devastada pelo fogo e pelo terremoto caso. Em nome dos deuses, dê uma ajudinha por favor, combina com você! Antes graças a você, senatus e synedrion depois dos deuses Esmirna, que se tornou a cidade mais popular da Grécia, é agora a cidade mais popular de sua história. Vivendo em dias infelizes. Mas ainda assim, mesmo nessas condições, Deus.Ele preservou uma coisa para eles: a esperança da salvação. estado da cidade. Você vê, você conhece a perda.”. Anos depois,  ele escreveu uma palinódia na qual celebrou seu renascimento.

O último terremoto, foi 0 12º ocorrido no país com magnitude acima de 6,7 na escala Richter desde que o pior dos tremores matou cerca de 40 mil pessoas em Erzincan, em 1939. A devastação desta vez foi filmada por todos, deixando um registro do quanto é dolorosa essa vivencia sem nenhuma ajuda das grandes nações. A Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho, assim como os militares turcos, possuem grandes experiências em lidar com esse tipo de emergência, mas as grandes nações, as ricas nações devem ter a experiência e o dever de ajudar a Turquia e a Síria. Esse é o momento de parar guerras, interesses econômicos e divisões para dar as mãos ao irmão que sofre mais uma tragédia. Enquanto isso, choro ao ver cada imagem, como a do pai no meio dos escombros segurando a mão da filha que não resistiu.

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Construir e reconstruir faz parte da história, mas demonstrar amor ao próximo é um aprendizado.

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