Vacina Manaus primeiro
"Vacinação tem que ter fila, mas tem que ter exceções. Manaus é um caso fora da curva e como caso fora da curva deve ser tratado", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia



Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Manaus está um caos. Falta oxigênio. Fila interminável para leitos de UTI. Situação fora de controle. Mortes aumentam. A pior cidade do Brasil na pandemia.
E o que faz o ministro da Saúde? Manda 250 doentes para outras cidades. É claro que levando junto a nova cepa do coronavírus. O que não resolve nada. As mortes continuam. E mais mortes vão ocorrer nas cidades para as quais são deslocados.
E o ministro informa que mais 1,5 mil terão o mesmo destino.
Iniciada a vacinação no país, há dez dias, Manaus recebeu 282 mil doses da coronavac; depois, mais 132.250 doses da vacina da Oxford/ Astrazeneca.
A campanha caminha a passos de cágado.
Na quinta-feira, 21, a vacinação foi suspensa, por suspeita de fura-filas e só retomada na sexta-feira à noite.
Agora, a juíza federal Jaiza Fraxe suspendeu entrega de 74.134 doses da vacina da Oxford “para garantir total transparência e critérios para vacinação”.
Houvesse um cérebro no comando, um general da Saúde e não um general do caos (como diz recente capa da revista IstoÉ), um Napoleão , a ordem seria outra: vacina Manaus primeiro!
São dois milhões de habitantes. Manda para lá 1 milhão de doses de uma vez. E não 300 mil. Organiza uma força tarefa para vacinar rapidamente meia Manaus. Ela não pode ser tratada como uma cidade qualquer.
Só assim as internações vão diminuir. A necessidade de oxigênio vai ser menor. Menos gente morrerá.
Vacinação tem que ter fila, mas tem que ter exceções. Manaus é um caso fora da curva e como caso fora da curva deve ser tratado.
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