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Brasil

Celso Amorim reage à Chacina do Jacarezinho: vergonha do meu país

Ex-chanceler Celso Amorim externou sua “compaixão pelos mortos e seus parentes” e se disse “envergonhado” do seu país. “Está ficando muito duro ser brasileiro"

Celso Amorim: só o Talibã não cumpre ordem da ONU
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

O embaixador e ex-chanceler, Celso Amorim, declarou-se, hoje 07/05, triste e revoltado com a chacina perpetrada pela Polícia do Rio, numa operação que deixou 28 mortos e um rastro de sangue, na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. Amorim externou sua “compaixão pelos mortos e seus parentes” e, fugindo ao seu estilo discreto e comedido, se disse “envergonhado” do seu país. “Não sei qual o sentimento que predomina”, tentou resumir, acrescentando que “está ficando muito duro ser brasileiro. Tenho pena dos meus colegas diplomatas mais jovens”, lamentou, numa referência à tarefa afeita aos profissionais de carreira do Itamaraty, que têm, dentre as suas atribuições, defender a imagem do país interna e externamente.

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A operação aconteceu em plena pandemia da Covid19, quando uma decisão do Superior Tribunal Federal (STF) restringiu este tipo de operações a casos “excepcionais”. O massacre chamou a atenção da mídia internacional e provocou críticas das entidades da área de Segurança e de defesa dos Direitos Humanos, como a Human Rights Watch.

A ação, considerada exitosa pelo governo, fez uma vítima entre os policiais, logo no início da operação, às 5h da manhã. O agente Leonardo de Mello Frias, único morto identificado na chacina recebeu um tiro na cabeça. Segundo a versão dos colegas policiais, o tiro que o abateu foi disparado de uma laje.

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As demais 24 vítimas, que a Polícia trata como “suspeitos” e o vice-presidente da República disse que “é tudo bandido”, não tiveram os seus nomes fornecidos pelos policiais e os familiares encontraram dificuldade para fazer o reconhecimento dos corpos. Apesar de mortos, como constatado no local, pelos parentes e moradores, os corpos das vítimas foram retirados da comunidade e levados a hospitais, o que impede o trabalho da perícia de apurar as condições em que as mortes ocorreram.

Com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade do Rio, segundo o Censo do IBGE de 2010, a comunidade do Jacarezinho tem 38 mil habitantes e é tida como uma das mais pobres do município, ficando em 121ª colocação entre os 126 demais bairros.

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