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Brasil

Militar do GSI ameaça matar eleitores de Lula e diz que presidente eleito não tomará posse

Ronaldo Ribeiro Travassos é militar da ativa da Marinha e incentiva os atos bolsonaristas antidemocráticos em áudios e vídeos enviados a grupos

Ronaldo Ribeiro Travassos e Frederick Wasseff (Foto: Reprodução)
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247 - O primeiro-sargento da Marinha Ronaldo Ribeiro Travassos aparece em áudios e vídeos enviados em um grupo de mensagens defendendo o assassinato de eleitores do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de afirmar que o petista não tomará posse no dia 1 de janeiro de 2023. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Travassos está lotado na divisão administrativa do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), chefiado pelo general bolsonarista Augusto Heleno. 

"Aí pessoal, tá lotado. 24 de novembro de 2022, horário do jogo do Brasil, mas o povo não quer nem saber, o povo está aqui lutando pelo Brasil. Eu tenho certeza que o ladrão não sobe a rampa. Agora, você que tá bonitinho em casa, quando seu filho virar boiola ou uma sapatão esquerdista, não reclame", diz o militar em um vídeo gravado no dia 24 de novembro, data de estreia do Brasil na Copa do Mundo no Catar, de acordo com a reportagem. 

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“Sobre a hipótese de o presidente eleito Lula não tomar posse, o militar diz em um áudio ter feito a previsão a outro integrante do GSI, o general Joaquim Brandão, que é assessor especial de Heleno. ‘O general Brandão me perguntou lá no gabinete: Marujo, o que você acha? Acho não, tenho certeza, o ladrão [em alusão a Lula] não vai subir a rampa. Por que você diz isso? Porque eu confio no povo que tá lá no QG, em todos quartéis Brasil afora, confio nos caminhoneiros e nos índios. Se as Forças Armadas não fizerem nada, nós vamos fazer’”, diz ele.

Em outras conversas, o miitar fala que o Brasil terá uma "guerra civil” e defende o assassinato de apoiadores e eleitores de Lula.  “É isso mesmo, tem um monte de colega omisso. Tem gente aqui nesse grupo, tem grupo de fora, meu prédio tem 17 moradores, dos 17, seis fazem o L. Nós precisamos saber quem é quem, porque a guerra civil vai rolar", afirma. 

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"Não tô falando isso de brincadeirinha, não, é sério. Quem faz o L é terrorista. Tem que morrer mesmo, ou mudar ou morrer, porque não tem jeito uma pessoa dessa", completa o militar. 

Travassos é militar da ativa e, de acordo com a Constituição, não poderia estar filiado a partidos políticos e também não poderia participar de “quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político".

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"Procurado, ele disse que não comentaria suas falas e argumentou não saber se era ele mesmo nos áudios. A Folha então encaminhou as conversas ao militar, que não mais respondeu. O GSI, por meio de nota, disse que não é sua competência 'autorizar servidores para que participem de qualquer tipo de manifestação' e que 'as supostas declarações demandadas são de responsabilidade do autor em atividade pessoal fora do expediente'", diz a reportagem.

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