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Associação Médica Brasileira confronta CFM e afirma que médicos não têm direito de prescrever remédios ineficazes

"Essa autonomia (do médico) não lhe dá, a meu juízo, o direito de fazer uso de medicações que não tenham eficácia", afirmou o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, que confrontou a posição do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)

César Eduardo Fernandes, da AMB, e Mauro Ribeiro, do CFM (Foto: Divulgação)
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247 - A Associação Médica Brasileira (AMB) mudou de posicionamento na última terça-feira (23) e passou a recomendar que os medicamentos do chamado "kit Covid", como a hidroxicloroquina e a ivermectina, sejam "banidos" do tratamento da Covid-19. O médico César Eduardo Fernandes novo presidente da associação, disse que a autonomia do médico não lhe dá o direito de prescrever remédios ineficazes. A posição do novo presidente da AMB é a mais relevante contraposição até o momento à postura do presidente do  Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, que defende o direito de os médicos prescreverem a cloroquina.

O novo presidente da AMB afirmou, em entrevista ao portal G1: "Eu acho que o princípio do trabalho do médico – que eu acho válido, merece todo o nosso respeito – é dar autonomia de decisão ao médico. Mas essa autonomia não lhe dá, a meu juízo, o direito de fazer uso de medicações que não tenham eficácia".

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O presidente do CFM, Mauro Ribeiro, insiste que o colegiado não pretende rever um parecer de abril do ano passado que autoriza os médicos a receitarem remédios como a cloroquina para o tratamento de pacientes com Covid-19. O uso do medicamento, porém, não é recomendado por entidades do setor, como a  Organização Mundial da Saúde (OMS), em função das drogas não terem eficácia cientifica comprovada e dos riscos oferecidos aos pacientes. 

Ribeiro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que “nesse momento nós não vemos nenhuma necessidade de modificar o parecer e temos dificuldade de entender por que tamanha resistência de se respeitar a autonomia do médico e a autonomia do paciente para o tratamento de uma doença que não tem tratamento conhecido nessa fase”, 

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De acordo com o novo presidente da AMB, se pacientes receberem uma receita com os medicamentos do "kit", vale buscar uma segunda opinião. "A meu juízo, se ele está sendo acompanhado por esse médico e recebeu essa orientação, eu creio que valeria ele ouvir uma outra opinião. Não me sinto nem confortável para dizer ‘não siga a orientação do médico que lhe deu’. A minha opinião é que ele não deve tomar essas medicações, mas eu não quero ser leviano", disse.

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