Pensão a escritores? Ideia vem da Argentina
Orgulho maior da nao, os autores argentinos, como Borges, podero ter direito aposentadoria especial, caso seja aprovado projeto de lei em discusso no congresso nacional


Natália Rangel_247 – Não é de hoje que os argentinos se consideram a capital latinoamericana da literatura. Entre os ilustres escritores que lá viveram estão Jorge Luis Borges (foto), Julio Cortázar, Macedônio Fernandez e Ricardo Arlt, todos figuras influentes no universo literário mundial. Uma projeto parlamentar prevê a criação de uma pensão para os autores a partir dos 65 anos de idade. A medida tem o objetivo de reconhecer a importância dos autores argentinos para a cultura nacional, uma contribuição que agrega fama e respeito ao país, mas atualmente se traduz apenas em grande prestígio a estes escribas. Como ninguém sobrevive apenas de prestígio, um valor monetário (em torno de US$ 940) foi instituído para dar suporte àqueles que dedicaram sua vida à criação literária. O projeto se inspira no modelo francês e espanhol, países que também criaram pensões especiais para escritores.
Os critérios necessários para reivindicar a pensão são dedicação de mais de 20 anos à criação literária e ter cinco livros publicados. Como disse o deputado Carlos Heller em reportagem do El País, “Os escritores geram uma riqueza social que é difícil de quantificar”. Entre aqueles que não se tornam tão célebres, muitos dedicam toda a sua vida à literatura e chegam à velhice financeiramente falidos. E no Brasil? Como é tratado o escritor. Por aqui tramita há 13 anos na Câmara um projeto de lei que prevê a regulamentação da profissão de escritor. A ideia não é encampada pela Câmara Brasileira do Livro. O escritor Ruy Castro já adianta que é contra: “Sou totalmente contra. Quando penso em certos escritores que seriam sustentados pelo dinheiro do contribuinte, fico até arrepiado”, diz ele.
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