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Economia

Mr. Money

A incrvel histria do empreendedor Flvio Augusto, que montou um imprio de ensino de ingls avaliado em mais de R$ 1,5 bilho. Ele o segundo personagem da srie Made in Brasil

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Leonardo Attuch_247 – Corria o ano de 1994 e um garoto carioca, chamado Flavio Augusto, despontava na área de marketing de uma rede de ensino de inglês. Com 23 anos e o sonho de empreender, ele tomou R$ 20 mil emprestados no cheque especial, num tempo em que o Brasil dava os primeiros passos no combate à inflação, com o Plano Real, e tinha taxas de juros bem mais altas do que hoje. À primeira vista, uma loucura.

Mas qual foi a visão daquele jovem empreendedor? As escolas tradicionais de inglês ofereciam cursos que duravam até seis anos, que visavam formar futuros professores do idioma. Gente capaz de dominar a gramática, a ortografia e todos os segredos da língua de Shakespeare. Mas o que o público realmente demandava? “As pessoas queriam falar”, diz ele. “E queriam falar rápido”.

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A década de 90 era também aquela marcada pelo início da globalização. O Brasil precisava formar profissionais globais e a estabilização econômica dava início a um novo ciclo de investimentos das multinacionais. Nesse contexto, os R$ 20 mil tomados no cheque especial vieram na hora certa. Com eles, Flávio Augusto começou a montar a Wise Up, a rede de ensino de inglês que mais cresce no Brasil – e que ensina a falar em 18 meses. “Desenvolvemos um método próprio, que virou padrão de excelência”, diz Flávio Augusto.

Hoje, a Wise Up faz parte de um império de educação chamado Ometz Group. A holding foi criada há quatro anos e possui 650 unidades das escolas de inglês Wise Up, You Move, Lexical e Go Getter, não apenas no Brasil, mas também na Argentina e nos Estados Unidos. Isso mesmo. Flávio Augusto, que mora em Orlando, na Florida, ensina inglês nos EUA para a população hispânica. “Muitos latinos não sabem falar inglês”, diz ele. “E isso faz a diferença entre ser discriminado e se integrar à sociedade americana”.

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Todas as escolas são franquedas. A cada mês, Flávio Augusto passa uma semana no Brasil. Quando está em Orlando, reúne-se com seus diretores por videoconferência. No ano passado, a receita do Ometz Group foi de R$ 130 milhões e deve dobrar em 2011. Em cinco anos, ele planeja ter 5 mil escolas. “Com Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, o Brasil inteiro terá de falar inglês”, diz ele. “E o nosso método é o mais eficiente, porque é o mais rápido”.

Flávio Augusto tem hoje 39 anos e mantém a mesma pressa de empreender e formar empreendedores. Um de seus canais no Twitter, o @geracaodevalor, transmite ideias e valores ligados ao empreendedorismo. Mas uma de suas grandes virtudes foi ser paciente nas conversas com investidores. “Tentaram me comprar inúmeras vezes e eu sempre resisti”, diz ele. “Enquanto meu negócio não estava maduro, tive a visão de que era necessário consolidá-lo”.

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Para atingir a meta de 5 mil escolas em cinco anos, desta vez ele não prescindirá de investidores e já começou a conversar com bancos de investimento. A diferença é que, hoje, Flávio Augusto comanda da Florida um império avaliado em mais de R$ 1,5 bilhão. Valeu a pena esperar, Mr. Money.

As lições de Flávio Augusto

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Como ele transformou o American Dream em Brazilian Dream

Por Ricardo Bellino – O segundo perfil do nosso especial "Made in Brasil" conta a historia do empreendedor carioca, Flávio Augusto, que aos 23 anos decidiu deixar o emprego de vendedor de cursos de inglês para, com o limite do seu cheque especial, financiar o que é o hoje a Wise up, a rede de escolas de inglês com maior crescimento do País, com mais de 600 franquias (é aberta uma franquia a cada dois dias,) e um valor de mercado superior a R$1,5 blihão.

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O segredo do sucesso de Flávio Augusto nao tem formula milagrosa, mas está baseado na sua capacidade de acreditar que, mesmo nascendo dentro de um galinheiro, você pode se descobrir uma águia e alçar voos cada vez mais altos.

Reproduzo aqui a parábola da "Águia e da Galinha", para nunca nos esquecermos dessa belíssima lição de vida e liberarmos a águia que reside dentro de nos:

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“Era uma vez uma águia que foi criada num galinheiro. Cresceu pensando que era galinha.

Era uma galinha estranha (o que a fazia sofrer).

Que tristeza, quando se via refletida nos espelhos das poças d'água - tão diferente!

O bico era grande demais, adunco, impróprio para catar milho, como todas as outras faziam.

Seus olhos tinham um olhar feroz, diferente do olhar amedrontado das galinhas, tão ao sabor do amor do galo.

E era muito grande, atlética.

Com certeza sofria de alguma doença...

E ela queria uma coisa só: ser uma galinha comum, como todas as outras.

Fazia um esforço enorme para isso.

Treinava ciscar com bamboleio próprio.

Andava meio agachada, para não se destacar pela altura.

Tomava lições de cacarejo.

E o que mais queria: que as suas fezes tivessem o mesmo cheiro familiar e acolhedor das fezes das galinhas. O seu era diferente, inconfundível.

Aconteceu que, um dia, um alpinista que se dirigia para o cume das montanhas passou por ali. Alpinistas são pessoas que gostariam de ser águias. não podendo, fazem aquilo que chega mais perto: sobem, a pés e mãos, até as alturas, onde elas vivem e voam. E ficam lá, olhando para baixo, imaginando que seria muito bom se fossem águias e pudessem voar.

O alpinista viu a águia no galinheiro. E se assustou.

- O que é que você, águia, está fazendo no meio do galinheiro? - ele perguntou.

Ela pensou que fosse caçoada e ficou brava.

- Não me goza. Águia é a vovozinha. Sou galinha de corpo e alma, embora não pareça.

- Galinha coisa nenhuma - replicou o alpinista. - Você tem bico de águia, olhar de águia, rabo de águia, fezes de águia...é águia. Deveria estar voando...

- E apontou para minúsculos pontos negros no céu, muito longe, águias que voam, perto dos picos das montanhas.

- Deus me livre. Tenho vertigem das alturas. Me dá tonteira. O máximo, para mim, é o segundo degrau do poleiro - ela respondeu.

Assim fim de papo. Agarrou á águia e a enfiou dentro de um saco. E continuou a marcha para o alto das montanhas.

Chegando lá, escolheu o abismo mais fundo, abriu o saco e sacudiu a águia no vazio.

Ela caiu. Aterrorizada, debateu-se furiosamente, procurando algo a que se agarrar. Mas não havia nada. Só lhe sobravam as asas...

E foi então que algo novo aconteceu. Do fundo do seu corpo galináceo, uma águia, há muito tempo adormecida e esquecida, acordou, se apossou das asas e, de repente, ela voou...

Flavio conseguiu, literalmente, traduzir o "Sonho Americano" de sucesso, conhecido como American Dream, em Brazilian Dream!

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