Afundamentos em Maceió têm origem na ganância de militares na exploração do sal-gema, diz Denise Assis

247 - Em uma entrevista contundente ao programa Giro das 11 da TV 247, a jornalista Denise Assis desvelou a intrincada relação entre os militares e a exploração mineral, remontando aos tempos da ditadura e destacando sua presença constante no campo da mineração, um setor historicamente respaldado pelas Forças Armadas. Denise Assis evidenciou a influência militar desde o período ditatorial, quando o interesse em desenvolver a indústria levou os militares a almejarem o crescimento a qualquer custo, direcionando seu foco para a mineração. "Os militares sempre tiveram olhos compridos no campo da mineração, desde a Raposo do Sol", afirmou a jornalista.

A concessão para a exploração pela Salgema, empresa associada aos afundamentos de solo em Maceió [hoje explorada pela Braskem], foi concedida pelo governo Geisel, sob a influência de Golbery do Couto e Silva, figura expressiva mesmo fora do governo, vinculado à Dow Química. "Mau caratismo explícito", avaliou Denise Assis, indicando conivência e interesse próprio por trás dessa autorização. >>> Afundamentos na região das minas da Braskem em Maceió afetam propriedades da União.

A jornalista destacou que o projeto para explorar o mineral surgiu após uma tentativa fracassada de exploração de petróleo, apontando o direcionamento da indústria para outras fontes de lucro diante das dificuldades encontradas no setor petrolífero. >>> Mina em Maceió segue instável e afundamento chega a quase 2 metros

As revelações de Denise Assis ressaltam uma relação histórica entre militares e exploração mineral, traçando vínculos que, segundo ela, têm impactado diretamente regiões como Maceió, onde os afundamentos do solo são resultado da exploração desenfreada do mineral sal-gema, um legado controverso das decisões políticas e econômicas do passado.

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