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Daniel Alves tem 'poucas chances' de não ser condenado por estupro, diz imprensa europeia

Daniel Alves passou por três dias de julgamento e pode ser condenado a até 12 anos de prisão

Daniel Alves no tribunal durante o primeiro dia de julgamento por acusação de estupro em Barcelona, Espanha 05/02/2024 (Foto: Alberto Estevez/Pool via Reuters)

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247 - Após três dias de julgamento em Barcelona, o ex-jogador de futebol Daniel Alves encontra-se diante de "poucas chances" de não ser condenado por estupro, conforme avaliação da imprensa europeia que acompanhou de perto o desenrolar do caso. As discussões em torno das provas e dos depoimentos culminaram em uma análise desfavorável para o jogador, que foi levado ao banco dos réus após uma acusação de agressão sexual contra uma jovem em uma boate catalã em dezembro de 2022, podendo enfrentar uma pena de até 12 anos de prisão em caso de condenação, informa o jornal O Globo.

O jornal francês Le Parisien destacou a "fragilidade" dos argumentos apresentados pela equipe jurídica do ex-atleta. Em uma reportagem intitulada "A frágil defesa de Daniel Alves", o diário ressaltou o depoimento do réu, marcado por lágrimas, onde ele reforçou a tese de consumo elevado de álcool na noite do incidente, negando ter mantido relações sexuais sem consentimento e alegando ter conhecimento das acusações apenas pela imprensa.

Ao longo do julgamento, o Le Parisien observou que Daniel Alves ouviu "argumentos terríveis" vindos dos representantes da vítima "sem se abalar". Por sua vez, o britânico The Guardian noticiou os relatos da equipe jurídica da vítima, descrevendo sentimentos de "angústia e terror" naquela noite, enquanto o jogador rebateu as acusações e negou o estupro.

Os jornais espanhóis El País e La Vanguardia destacaram declarações do jogador à Justiça, enfatizando que, segundo Daniel Alves, em nenhum momento a vítima teria pedido para que ele parasse e que ambos estariam "aproveitando" o momento.

O jornal francês L'Équipe ressaltou as múltiplas mudanças de versão do atleta sobre o caso, destacando a última delas, na qual ele alegou estar embriagado. Essa condição, se reconhecida pelos juízes, poderia levar a uma redução da pena, conforme a legislação espanhola.

O L'Équipe questionou se Alves estava tão embriagado a ponto de não se lembrar dos detalhes da suposta relação com a vítima, além de citar a descrição do jogador sobre uma relação supostamente consensual após a vítima "se roçar contra ele" na área VIP da boate.

Se condenado, Daniel Alves terá o direito de recorrer da decisão. A defesa do jogador poderá levar o processo para o Tribunal de Apelação, segunda instância espanhola, em busca de rever a sentença proferida.

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