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De que vale um padrinho?

Candidatos se valem da força dos padrinhos políticos para alavancar as suas candidaturas; Apesar da popularidade, nomes como o do ex-presidente Lula (PT) e do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não parecem animar o eleitor; Sinal de perda de prestígio ou de que o eleitor começa a dissociar o padrinho do candidato?

De que vale um padrinho? (Foto: Andréa Rêgo Barros/PSB)

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Leonardo Lucena_PE247 – Começa a se desenhar uma nova forma de lidar com os padrinhos políticos no Recife. Embora os candidatos, sobretudo Humberto Costa (PT) e Geraldo Júlio (PSB) se valham dos seus maiores cabos eleitorais, Lula e o governador Eduardo Campos, respectivamente, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o próprio “cacique” do PT, o ex-presidente Lula, não tiveram a participação esperada em atos de campanha até o momento. Ao menos a impressão que se tem é a adoção de uma estratégia cujo objetivo é descolar a imagem dos candidatos de nomes com forte projeção nacional para o crescimento nas pesquisas eleitorais.

O primeiro caso trata-se da vinda do ex-presidente Lula ao Recife. Quem desembarcará na capital pernambucana, na próxima quarta-feira (12), será o secretário nacional de Juventude do PT, Jeferson Lima. É sabido que Lula dará prioridade aos municípios de Belo Horizonte e São Paulo, mas, talvez, o próprio ex-presidente tenha consciência de que a sua imagem não está rendendo os bons frutos que todos esperavam em prol de Humberto Costa.

Além disto, Lula e o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, estariam meio que rompidos em função das candidaturas próprias dos socialistas em várias capitais, algo que foi encarado pelos petistas como uma traição. A não vinda de Lula pode estar ligada ao fato de não querer trombar de frente com o aliado – o PSB apoia a campanha de Fernando Haddad, em São Paulo, e de Patrus Ananias, em Belo Horizonte (MG)- e, também pela queda constante do candidato Humberto Costa nas pesquisas de opinião.

Já no caso de Geraldo Júlio, é visível uma participação mais "apagada" do senador Jarbas Vasconcelos na campanha do socialista, muito embora ele esteja participando de caminhadas e indo a alguns eventos políticos. Como o peemedebista era um dos principais nomes da oposição, tanto a Lula como a Eduardo Campos, a ida do ex-governador de Pernambuco aos atos de campanha do PSB pode não ser tão proveitosa assim, já que poderia ser utilizada como munição pelos adversários. Paralelamente, a Frente Popular tentou impedir que sua imagem fosse usufruída por outros partidos nestas eleições, porém o juiz Abelardo Tadeu da Silva Santos julgou improcedente o pedido.

Quer queira quer não, Lula e Jarbas são dois nomes de alta popularidade no Estado, levando muita gente a pensar, seja dentro ou fora da esfera política, que ambos são indispensáveis à campanha de qualquer candidato com pretensões de conquistar o eleitor.

Mas as tentativas de explicar o porquê de ambos terem uma tímida participação junto aos candidatos aos quais apoiam, os dois caciques políticos não são cartas fora do baralho deste pleito municipal. Todavia, neste ano, aparentemente, o contexto político mudou, servindo como forte pano de fundo para o eleitor analisar se vale a pena ou não transferir a credibilidade dos padrinhos políticos para os candidatos por eles apoiados.

De qualquer maneira, o pós-eleição municipal será um momento para analisar até que ponto este apoio influencia no êxito ou no fracasso de prefeituráveis que tentam fazer de alguns cabos eleitorais um instrumento para conseguir mais votos do eleitorado.

 

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