CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Ideias

Historiador Ilan Pappé explica por que Israel não é uma democracia

Pappé explorou ainda a visão sionista, afirmando que mesmo em sua forma mais liberal, ela implicava, na melhor das hipóteses, tolerância aos palestinos em espaços limitados

Desnutrição infantil faz parte do genocídio em Gaza (Foto: Reuters)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – Em um episódio recente de "The Chris Hedges Report", o historiador israelense Ilan Pappé discutiu as ações de Israel em Gaza e a trajetória do estado de apartheid israelense. Pappé, conhecido por sua perspectiva crítica sobre as políticas israelenses, aprofundou-se nas raízes históricas da situação atual.

Yeshiahu Leibowitz, uma figura respeitada chamada de consciência de Israel, havia alertado décadas atrás sobre os perigos potenciais de entrelaçar igreja e estado em Israel. Ele previu um rabinato corrupto e a transformação do judaísmo em um culto fascista. Leibowitz enfatizou particularmente os riscos associados à veneração cega do militarismo, especialmente após a guerra de 1967, que resultou na ocupação da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Pappé destacou as preocupações de Leibowitz sobre a militarização das Forças de Defesa de Israel e o surgimento do racismo variante dentro da sociedade israelense. Leibowitz previu que a ocupação prolongada dos palestinos resultaria em campos de concentração para os ocupados e que Israel enfrentaria um futuro sombrio.

A discussão também abordou o sonho de alguns extremistas israelenses de obliterar Gaza, ecoando as opiniões do partido Koch, liderado por Meir Kahane, que foi proibido de concorrer a cargos e declarado uma organização terrorista por Israel e pelos Estados Unidos. Pappé argumentou que esses extremistas, agora parte do governo de coalizão, estão orquestrando um genocídio em Gaza, com centenas de palestinos mortos ou feridos diariamente.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Pappé explorou ainda a visão sionista, afirmando que mesmo em sua forma mais liberal, ela implicava, na melhor das hipóteses, tolerância aos palestinos em espaços limitados dentro da Palestina e, na pior das hipóteses, considerá-los obstáculos a serem removidos.

A conversa abordou os desafios demográficos enfrentados por Israel, incluindo famílias árabes maiores e uma significativa fuga de cérebros israelenses para os Estados Unidos. Pappé enfatizou a visão duradoura de um sistema de apartheid que governa por meio de segregação, discriminação e opressão.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ao reconhecer a complexidade da situação, Pappé discutiu dois cenários potenciais para o futuro. O primeiro é uma perspectiva sombria envolvendo guerra regional e deterioração adicional do estado israelense. O segundo, mais otimista, envolve a pressão da sociedade civil global para que os governos abandonem políticas supremacistas e a opressão.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO