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Ideias

O Massacre das Crianças de Gaza

Quantas mil crianças palestinas serão mortas e quantas mais serão mutiladas pelas Forças Armadas de Israel, até que o mundo consiga fazer parar essa barbárie?

(Foto: Roberta Namour)
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Por Vladimir Milton Pomar - Qual é o nome para assassinato e mutilação de milhares de crianças por Forças Armadas de um país? – “Genocídio”. Admitido publicamente pelo governo alemão, em 28 de maio de 2021, através de declaração do ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, referindo-se ao que os militares alemães fizeram na Namíbia, entre 1904 e 1908, quando assassinaram covardemente dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças dos povos Herero e Nama. 

https://ehne.fr/en/encyclopedia/themes/europe-europeans-and-world/europe-and-colonial-wars/massacre-herero-and-nama-a-colonial-laboratory-genocide) Duas ações naquele período chamam a atenção pela crueldade extrema: o “Massacre de Omaheke” e o funcionamento de campos de trabalho que se revelaram de extermínio. Milhares de mulheres e crianças foram empurradas pelos militares alemães para o deserto de Omaheke para morrerem de sede. (https://www.youtube.com/watch?v=-J5gJrW1epI) E outros milhares mantidas prisioneiras em “campos de concentração”, onde muitas morriam diariamente por fome, doenças etc. https://www.youtube.com/watch?v=PlvjGGsLE3Y

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Justiça seja feita: os alemães não fizeram pior do que os belgas no Congo, entre 1885 e 1908, e os ingleses na Índia, de 1858 a 1947, só para ficar em dois exemplos do início do século XX. Em quantidade de vítimas, a tragédia no Congo deve ter sido maior do que na Índia, porque estima-se terem sido assassinadas pelos belgas de cinco a dez milhões de pessoas. 

Durante o domínio da Índia pelo governo britânico (hoje Reino Unido), houve várias revoltas e alguns massacres, dos quais o de Amritsar (ou Jallianwala Bagh), no Punjab, em 13 de abril de 1919, é um dos mais famosos pela covardia e crueldade extremas, porque centenas de pessoas, talvez mais de mil, foram assassinadas, e outro tanto feridas, simplesmente porque estavam reunidas em protesto contra os britânicos. Mesmo sabendo que estavam desarmadas, o valente general inglês que comandou o massacre ordenou às tropas atirarem até acabar a munição. 

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Mais de 100 anos depois, com povos, países e motivações diferentes, acontecem há cinco meses em Gaza fatos muito semelhantes aos massacres de Omaheke e de Amritsar. A matança da população civil de Gaza, cometida diariamente pelas Forças Armadas de Israel, deverá ficar registrado na história como “O Massacre das Crianças de Gaza”. E de nada adiantará, daqui a 100 anos, o governo de Israel admitir que foi genocídio e pedir desculpas por seus atos aos poucos descendentes – se houver – das famílias dizimadas. 

Quantas mil crianças palestinas serão mortas e quantas mais serão mutiladas pelas Forças Armadas de Israel, até que o mundo consiga fazer parar essa barbárie? Quantas mil crianças ficarão órfãs, quantas mil traumatizadas para o resto da vida, porque políticos de extrema-direita de Israel decidiram que os seus militares tinham que agir contra a população civil de Gaza como fizeram os generais alemães, belgas e ingleses no século passado?

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