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Meio Ambiente

Extração de petróleo na margem equatorial vai custear transição energética, diz Prates

Presidente da Petrobrás saiu em defesa de exploração de petróleo na região, enquanto ambientalistas vêm expressando preocupação com projetos próximos à foz do rio Amazonas

O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates 13/02/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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247 - O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, saiu em defesa da exploração de petróleo pela estatal na região que chamou de "nova fronteira" -- a chamada margem equatorial, que compreende as costas do Norte e do Nordeste do Brasil, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. 

O licenciamento para que a Petrobrás realize a perfuração de um poço de petróleo no bloco 59, localizado na região da foz do rio Amazonas, encontra-se em fase avançada de tramitação e vem levantando preocupações de ambientalistas por conta da fragilidade do bioma amazônico. 

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No entanto, Prates afirmou, em vídeo enviado à emissora CNN, que a exploração de petróleo em toda a região não só está distante das áreas apontadas pelos ambientalistas como sensíveis, como também financiará a transição energética.

“Depois da bacia de Campos e do pré-sal, estamos diante da mais nova fronteira do país, a margem equatorial, que vai da costa do Amapá até o Rio Grande do Norte”, afirmou Prates na gravação. “É preciso deixar claro que a localização do primeiro poço que pretendemos perfurar não é no Rio Amazonas, mas em alto mar, a 500 km da foz desse rio. Para se ter uma ideia, essa é a distância equivalente entre o Rio de Janeiro e São Paulo”, complementou.

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Prates destacou que a Petrobrás nunca registrou, em quase 70 anos de extração, um único vazamento ou falha no sistema de pressão em perfurações em alto-mar. 

“Com o resultado da fase de investigação e perfuração, a sociedade terá o direito de saber qual é o real potencial dessa área, e a partir daí vamos aprofundar o debate sobre a continuidade ou não do projeto”.

“Se formos bem-sucedidos, vamos resolver as reservas de forma integrada a outras fontes de energia. Com foco em agenda de transição energética segura, justa e inclusiva. Se for comprovada sua viabilidade, será um salto em direção ao futuro, uma verdadeira alavanca de novos investimentos e oportunidades", acrescentou o presidente da Petrobrás. 

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A área da bacia sedimentar da Foz do Amazonas foi concedida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) em 2013. O bloco 59 está localizado a aproximadamente 160 km da costa do Oiapoque (AP) e a 500 km da própria foz do rio Amazonas. A área abriga os maiores manguezais do Brasil, localizados na costa do Amapá, e vastos sistemas de recifes de corais, que foram recentemente descobertos e ainda são pouco conhecidos.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse em entrevista ao site Sumaúma, no dia 13 de março, que trata da exploração do petróleo na região da mesma forma que vê a usina de Belo Monte. Ela evitou, no entanto, dar a posição explícita da pasta, destacando que o debate tem de ser feito com o governo e, especialmente, com a sociedade.

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