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Fala de Lula contra predomínio do dólar é destaque no Financial Times: "não podemos negociar com nossas próprias moedas?"

“Todas as noites eu me pergunto por que todos os países têm que basear seu comércio no dólar”, afirmou o presidente em discurso na China. Desdolarização da economia preocupa os EUA

Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters/Jose Luis Gonzalez)
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247 - A fala do presidente Lula (PT) em discurso na China sobre acabar com o predomínio do dólar no mercado internacional virou destaque do Financial Times. "O presidente do Brasil pediu aos países em desenvolvimento que trabalhem para substituir o dólar americano por suas próprias moedas no comércio internacional, dando sua voz aos esforços de Pequim para acabar com o domínio do dólar no comércio global".

“Todas as noites eu me pergunto por que todos os países têm que basear seu comércio no dólar. Por que não podemos negociar com base em nossas próprias moedas? Quem foi que decidiu que o dólar era a moeda após o desaparecimento do padrão-ouro?”, questionou o mandatário brasileiro durante discurso na cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos BRICS, em Xangai. A declaração de Lula arrancou aplausos da platéia brasileira e chinesa.

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"O apelo de Lula para acabar com a dependência do dólar se encaixou com os crescentes esforços de Pequim para promover o uso do renminbi na liquidação de transações internacionais de commodities, enquanto os formuladores de políticas chinesas buscam fortalecer o papel da segunda maior economia do mundo no sistema financeiro global. A recepção calorosa em Xangai também ocorreu no momento em que o líder de esquerda brasileiro busca redirecionar a política externa do país para uma postura mais multilateralista, com ênfase não apenas nas boas relações com os EUA - ele visitou o presidente Joe Biden em fevereiro - mas também com a China e o mundo em desenvolvimento", diz o jornal.

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"A crescente relação econômica tem incentivado os dois países a promover maior uso de suas respectivas moedas no comércio bilateral", diz a reportagem, lembrando que a filial do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) no Brasil já realizou a primeira transação transfronteiriça de liquidação em Yuan

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O texto finaliza fazendo uma ponderação: "qualquer esforço do Brasil para rejeitar a moeda americana no curto prazo enfrentará um desafio substancial. O dólar é vital para os mercados e benchmarks globais de commodities, o que incentiva as principais mineradoras brasileiras, como a Vale, a manter a maioria das transações denominadas em dólares".

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