247 - Vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura 2020 na categoria Biografia, Documentário e Reportagem com o livro Escravidão, primeiro volume, o jornalista e escritor Laurentino Gomes afirmou à TV 247 que o sistema político em Brasília é fundamentado no preconceito e racismo e criticou a presença de Sergio Camargo e seu negacionismo na presidência da Fundação Palmares.
Segundo Gomes, “temos em Brasília um projeto de poder hoje que é baseado em preconceito e racismo. Preconceito contra mulheres, homossexuais, indígenas. O projeto de poder hoje em Brasília é racista”.
Para o jornalista, a nomeação de Sergio Camargo para a presidência da Fundação Palmares foi o maior gesto de desprezo e indiferença que Jair Bolsonaro poderia dar à população negra brasileira. “O maior escárnio, o tapa na cara que o presidente da República poderia dar na população afrodescendente foi colocar à frente da Fundação Palmares um homem negro que tem linguagem supremacista branca. Isso é horrível, é de um maquiavelismo porque ecoa o que o presidente falou na campanha eleitoral quando perguntaram o que ele achava da escravidão, da reparação, de cotas e ele falou: ‘olha, os portugueses nem entravam na África’, o que é mentira. Essa ideia de que foram os próprios africanos que se escravizaram é uma forma de dizer ‘esse problema não é meu. Eu, como presidente da República no início do século XXI, não tenho nada a ver com isso’”.
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