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Mundo

Colômbia pede que África do Sul seja mediadora nos diálogos com ELN

Em viagem diplomática pela África, vice-presidente colombiana convidou nação sul-africana para participar dos diálogos entendendo sua 'experiência de paz e reconciliação'

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Vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, e seu homólogo sul-africano, Paul Mashatile (Foto: Twitter/Presidency | South Africa)
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Opera Mundi - A vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, pediu nesta sexta-feira (12/05) ao seu homólogo sul-africano, Paul Mashatile, que a África do Sul seja mediadora nos diálogos de paz entre o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN).

Em encontro com Mashatile em Pretória, capital administrativa sul-africana, Márquez fez a solicitação afirmando que a Colômbia "tem um compromisso com a paz". "Sabemos que a África do Sul tem experiência de paz e reconciliação", acrescentou.

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"Queremos que nos acompanhem nesses processos de diálogo que estamos realizando agora com o ELN, e que posteriormente realizaremos com outros grupos", disse Márquez, que está em viagem diplomática pelo continente africano, incluindo passagens pelo Quênia e Etiópia.

A vice-presidente do governo de Gustavo Petro também descreveu que as conversações de paz com o Exército de Libertação Nacional são de "grande importância não só para a Colômbia, mas para a região da América Latina e do Caribe".

Da mesma forma, Márquez propôs ao vice-presidente do país africano a abertura de uma embaixada na Colômbia e uma visita oficial do governo da África do Sul à nação sul-americana.

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Por seu lado, Mashatile declarou apoio às conversações na Colômbia. "Prometemos apoiá-los no processo de paz. A África do Sul com certeza estará envolvida", disse.

As negociações entre o governo colombiano e o ELN começaram em 2017 em Quito, no Equador, e depois em Havana, em Cuba, após a assinatura de paz com as agora desmobilizadas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército Popular (FARC-EP).

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Depois, as conversas foram suspensas pelo então presidente colombiano Iván Duque (2018-2022) em 2019, após o ataque do ELN contra uma escola de cadetes na capital Bogotá. Assim, as negociações foram retomadas no ano passado, com a eleição de Petro para a Presidência da Colômbia. 

Com o aceite de Mashatile, África do Sul entra para o grupo de países garantidores da paz entre o governo colombiano e o ELN, juntamente com Brasil, Chile, Cuba, México, Noruega e Venezuela. 

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Diplomacia com países africanos

Francia Márquez é a primeira afro-colombiana a chegar à vice-Presidência da Colômbia. Em audiência no Senado em abril, ela afirmou que sua viagem à África busca "uma aproximação inédita com este continente", onde seriam abertas novas embaixadas.

Com data de conclusão no próximo dia 18 de maio, a visita é a mais alta do Estado colombiano em 26 anos em países da África, com o qual a Colômbia mantém poucas relações diplomáticas e comerciais.

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Tendo iniciado sua passagem pelos países africanos oficialmente nesta sexta-feira, Márquez já visitou a cidade de Libreville, no Gabão, país da África Central. Na ocasião, encontrou-se com a vice-presidente Rose Christiane Ossouka Raponda. Segundo o jornal colombiano El Espectador, Márquez reconheceu a falta de esforços da Colômbia, durante outros governos, para estreitar as relações bilaterais entre os países e que este é justamente o propósito de seu governo ao lado de Petro. 

Já na África do Sul, desde a noite da última quinta-feira (11/05), Márquez passou pelo Freedom Park, em Pretória, que contém um memorial das vítimas de guerras mundiais, guerras sul-africanas e durante o Apartheid. Durante a visita, a colombiana assinou a lista de visitantes honorários em homenagem aos que ali estão representados.

Ainda nesta sexta-feira, Márquez esteve com o ´presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. "Discutimos a importância de fortalecer as relações binacionais e o legado que seu país contribuiu para a luta global pela igualdade e justiça racial", declarou sobre o encontro em suas redes sociais.

Com agenda programada na África do Sul até este sábado (13/05), Márquez realiza a viagem diplomática até a próxima quinta-feira (18/05), ainda passando pelo Quênia, de 14 a 17 de maio, e Etiópia. 

Em Nairóbi, capital queniana, e Addis Ababa, capital da Etiópia, a vice-presidente colombiana deve realizar conferências de imprensa, reuniões de fórum comercial e para o meio ambiente, além de encontros com os presidentes de ambos os países, William Ruto e HE Sahle-Work Zewde, respectivamente. 

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