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Mais de 1.000 membros do Hamas recebem tratamento na Turquia, diz Erdogan

Ancara considera o Hamas como uma "organização de resistência cujas terras foram ocupadas desde 1947", disse o presidente turco

Recep Tayyip Erdogan (Foto: REUTERS/Umit Bektas/File Photo)

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Sputnik - Mais de 1.000 representantes do Hamas estão recebendo tratamento médico em hospitais turcos, disse o presidente turco Recep Tayyip Erdogan nesta segunda-feira (13), relembrando mais uma vez que o movimento palestino não é considerado terrorista por Ancara.

"No meu país, mais de 1.000 membros do Hamas estão atualmente recebendo tratamento em nossos hospitais... Muitos membros do Hamas estão sendo mortos. O Ocidente os ataca com todos os tipos de armas e munições", disse o presidente turco, após suas conversas com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, que tem uma visão oposta sobre o Hamas, em Ancara.

A posição da Grécia é que Israel tem o direito de se defender de "incursões em seu território", disse Mitsotakis em um comentário aos meios de comunicação, acrescentando que "o Hamas é uma organização terrorista que não representa o povo palestino." Erdogan, por sua vez, chamou tais declarações de "abordagem cruel".

"Eu não considero o Hamas uma organização terrorista... Se você o chama de organização terrorista aqui [na Turquia], ficaremos decepcionados", explicou o líder turco.

Ancara considera o Hamas como uma "organização de resistência cujas terras foram ocupadas desde 1947" e que "luta pela proteção dessas terras contra o implacável Israel", acrescentou Erdogan.

Na segunda-feira passada, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram o que chamaram de operação contraterrorista em Rafah, na fronteira com o Egito. As IDF inicialmente invadiram o lado leste da cidade e assumiram o controle do lado de Gaza da passagem de fronteira de Rafah. Na sexta-feira, a mídia israelense relatou que o gabinete militar de Israel havia aprovado a expansão da operação terrestre. As autoridades israelenses dizem que a operação visa eliminar os batalhões remanescentes do movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza.

Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque de foguetes em larga escala contra Israel e violou a fronteira, atacando tanto bairros civis quanto bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 outras foram sequestradas durante o ataque. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio completo de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Até agora, mais de 35.000 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses na Faixa de Gaza, disseram as autoridades locais. Mais de 100 reféns ainda são considerados como mantidos pelo Hamas em Gaza.

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