Protesto termina com mulher morta no Bahrein
Desde fevereiro, 33 j morreram nas manifestaes por democracia
Uma manifestante foi morta ontem durante a repressão a um protesto contra a monarquia bareinita, anunciou hoje o ativista Nabeel Rajab, presidente do Centro Pelos Direitos Humanos no Bahrein. A vítima da repressão foi identificada por ele como Zainab Hasan Ahmed al-Jumaa, de 47 anos. Segundo Rajab, Zainab morreu asfixiada depois de inalar o gás lacrimogêneo de uma bomba lançada pela tropa de choque da polícia em Sitra, principal polo petrolífero desta pequena nação insular do Golfo Pérsico.
A morte de Zainab eleva para 33 o número de pessoas mortas desde fevereiro, quando começaram os protestos da maioria xiita para exigir mais direitos e liberdades. Desde o início, as manifestações foram duramente reprimidas pelas forças de segurança controladas pela monarquia sunita que governa o Bahrein.
O Ministério de Interior nega que a morte de Zainab tenha relação com a repressão policial. Por meio de nota divulgada na página em sua página na internet, o Ministério de Interior alega que a manifestante morreu de "causas naturais".
O Bahrein é uma pequena nação insular situada no Golfo Pérsico, mas tem grande importância geopolítica. O país sedia a 5ª Frota da Marinha dos Estados Unidos e é constante foco de atrito entre potências regionais, como a Arábia Saudita e o Irã.
Centenas de oposicionistas, além de médicos e advogados, foram presos durante a repressão ou demitidos de empregos públicos. Quarenta e oito médicos e enfermeiras que trataram manifestantes doentes ou feridos na repressão foram acusados de crimes contra o Estado e estão sendo julgados.
O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou em diversas ocasiões os abusos das autoridades do Bahrein contra os manifestantes.
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