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Base age para derrubar convocação de Pimentel na Câmara

Comisso de Fiscalizao Financeira e Controle rejeitou o requerimento do PSDB que convoca o ministro do Desenvolvimento para esclarecer o faturamento de R$ 2 milhes por consultoria

Base age para derrubar convocação de Pimentel na Câmara (Foto: WILLIAM VOLCOV/AGÊNCIA ESTADO)

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Evam Sena_247, em Brasília – Ao contrário do que aconteceu com outros ministros envolvidos em denúncias de corrupção, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) não deve se explicar ao Congresso Nacional tão cedo, se o roteiro for o mesmo de blindagem adotado pela base do governo na Câmara hoje.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle rejeitou hoje requerimento do PSDB convocando Pimentel para esclarecer o faturamento de R$ 2 milhões de sua empresa de consultoria, P-21, no período entre 2009 e 2010, depois que deixou a prefeitura de Belo Horizonte e antes de se tornar ministro. Ele é suspeito de tráfico de influência, uma vez que as empresas que contrataram consultoria fecharam convênios com a prefeitura de Belo Horizonte, antes e depois que ele deixou o cargo, agora ocupado por seu aliado, Lacerda (PSB).

Os requerimento foram apresentados ontem pelos deputados Duarte Nogueira (PSDB-SP) e Nilson Leitão (PSDB-MT). Deputados da base aliada, comandados pelo líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), a serviço do Planalto, negaram o pedido alegando que o assunto é da esfera privada do ministro, já que ele não era ministro quando prestou os serviços com suspeita.

“Querem discutir a vida pregressa de um ministro, que não ocupava cargo público. Isso aqui vai virar o que a gente não quer que vire: vamos fazer pequenas CPIs de questões municipais e estaduais não relacionadas com a União”, disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante a discussão.

A mudança de postura da liderança do governo, no entanto, desagrada partidos da base que já estiveram na linha de fogo de denúncias de corrupção e perderam ministro. Todos os ex-ministros, com exceção de Antonio Palocci (Casa Civil), foram orientados a se explicarem ao Congresso. “Porque só os ministros do PT têm escudo da base no Congresso?”, questionou um deputado da base.

Para alguns aliados, a proteção a Pimentel é estratégia do próprio PT no Congresso e contraria até orientação da presidente Dilma Rousseff, que aconselhou o ministro do Desenvolvimento a esclarecer todas as dúvidas sobre as denúncias. Depois do episódio Palocci, no início do ano, o Planalto avaliou como errônea a estratégia de ter blindado o ex-ministro da Casa Civil.

Para o líder do PSDB, Duarte Nogueira, Pimentel tem tratamento especial por ser amigo pessoal da presidente Dilma Rousseff. “Eles são amigos de longa data, por isso mesmo não pode pairar sobre ele nenhuma suspensão. Não há como separar sua vida pública da privada. As duas caminham juntas”, alegou o tucano.

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