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Bolsonaro demitiu chefe da Receita que reteve joias sauditas e resistiu a quatro tentativas de liberá-las

Bolsonaro dispensou José Tostes 37 dias depois de as joias serem barradas pela Receita na alfândega de Guarulhos, em São Paulo

José Tostes, Jair Bolsonaro e as joias (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | REUTERS/Joe Skipper | Reprodução/Twitter)
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247 - O ex-chefe da Receita Federal, José Tostes, foi demitido do cargo apenas 37 dias após os integrantes do governo Bolsonaro (PL) tentarem entrar de forma ilegal no Brasil com as joias estimadas em R$ 16,5 milhões, presenteadas pelo governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A informação é do Estadão.

Entre a tentativa de entrar no país com as joias e a queda de Tostes, ocorreram os seguintes atos: o então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque voltou à área restrita do Aeroporto de Guarulhos e tentou levar os pacotes, afirmando que eram presentes para Michelle. Não obteve sucesso.

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Depois, em 3 de novembro daquele ano, o MME enviou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) pedindo ajuda para recuperar os bens. O MRE solicitou informações para estudar as medidas a serem adotadas para pegar as joias. Também não conseguiu sucesso.

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O governo, então, decidiu demitir Tostes. Ainda de acordo com o Estadão, o servidor já era aposentado da Receita quando comandava o órgão e era bem avaliado pela área técnica. Desta forma, para esvaziar o impacto de sua demissão, a gestão de Bolsonaro vazou à imprensa, em 3 de dezembro, que faria uma “grande reestruturação” nas secretarias do Ministério da Economia, criando uma Secretaria Especial de Estudos Econômicos e trocando servidores e secretários.

A demissão foi consumada pelo ex-ministro Paulo Guedes e a nota do Diário Oficial da União informava que o fato ocorreu "a pedido". O servidor havia sido alertado no dia anterior ao vazamento da "reestruturação" que Bolsonaro queria sua cabeça.

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