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Poder

Escolas públicas fracas são ponto contra Haddad

Baixo desempenho das escolas pblicas no Enem ponto negativo para a imagem de competente que o ex-presidente Lula quer carimbar no ministro da Educao; Palcio do Planalto j duvida de sua viabilidade eleitoral em So Paulo

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247 – A primeira pancada veio com a publicação das primeiras pesquisas de intenção de voto na capital paulista. Enquanto a senadora Marta Suplicy (PT-SP) ostentava folgados 30% de intenções de voto, o ministro da Educação, Fernando Haddad, não passou de míseros 2%. Nada de tão grave, considerando que ainda há tempo e Haddad não tem histórico de envolvimento com corrupção, é considerado bem apessoado (o que conta mais do que se imagina numa campanha política) e conta com o apoio do maior cabo eleitoral do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, dias depois de saber que anda mal nas pesquisas, Haddad sofreu outro grande revés com a divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010.

A informação de que somente 13 escolas públicas figuram na lista das cem melhores do Enem não pegou bem – num universo de mil, apenas 74 escolas públicas aparecem no rol das melhores. Haddad argumenta que a melhora da nota média das provas objetivas (média passou de 501,58 pontos, em 2009, para 511,21 pontos, em 2010) comprova a melhoria do ensino público nacional, já que 88% das matriculas do último Enem são provenientes do ensino público. Mas o raciocínio não parece simples o bastante para convencer o eleitor de que o exame, já marcado por tantos problemas (leia mais aqui), deva ser encarado como mérito e não demérito na campanha de Haddad em 2012.

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“Tenho a honra de ter lançado o Plano de Metas da Educação e estar cumprindo todos os pontos. A administração pública deveria ser pautada dessa forma: cumprindo aquilo a que nos propomos a fazer”, disse o ministro nesta segunda-feira, durante a divulgação dos dados do Enem, numa clara tentativa de evitar que os resultados o prejudicassem pessoalmente. “Não há dúvida de que a educação nas escolas públicas melhorou. É praticamente impossível as notas da rede pública terem diminuído”, completou.

Segundo Haddad, a publicação desses resultados não deve ajudar ou atrapalhar suas pretensões eleitorais, mas o fato é que o Enem é sua grande vitrine para o país. Aparecer mal ao lado do exame não faz bem e só aumenta o tamanho do desafio que o ex-presidente Lula assumiu. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, saiu em defesa da candidatura do colega nesta semana e até o Palácio do Planalto já começou a avaliar as possibilidades da candidatura de Haddad em São Paulo. A análise por lá é de que o ministro tem três meses para se fortalecer a ponto de se tornar um candidato competitivo. Para tanto, Haddad terá a oportunidade, por exemplo, de anunciar um novo programa de elevação da oferta de vagas em creches.

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