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Longe de Aécio, perto de Dilma

Pragmtico, governador mineiro Antonio Anastasia se distancia do antecessor e se aproxima do Planalto

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Leonardo Attuch_247 – Ali na antiga Vila Rica, onde os inconfidentes mineiros tramaram, em 1789, uma possível independência brasileira em relação à coroa portuguesa, que sufocava os cidadãos brasileiros com pesados impostos, Dilma Rousseff recebeu a mais alta condecoração de Minas: o Grande Colar da Inconfidência. E fez um discurso onde se ouviram ecos de 1789, prometendo um novo marco regulatório da mineração – o que significa transferir mais recursos para os municípios produtores de riquezas como o minério de ferro. “Não é justo nem tampouco contribui para o desenvolvimento do Brasil que os recursos do País sejam daqui retirados e não haja a devida compensação”, disse ela, sob os aplausos dos presentes.

Na cerimônia de Ouro Preto, foi também marcante a sintonia entre a presidente petista e o governador mineiro Antonio Anastasia, que é tucano. Outro fato simbólico foi a ausência do ex-governador Aécio Neves, ainda envolvido numa polêmica sobre a sua carteira de habilitação. Anastasia transmitiu uma mensagem semelhante à de Dilma. “Não tem sido justo que as comunidades tenham pouca ou quase nenhuma retribuição pela exploração do minério”, afirmou, pedindo à presidente Dilma ajuda para reverter esse quadro. “Minas, como sempre, confia na União para que se componha, na esfera do Estado Federal, um quadro de equilíbrio e equidade”, disse.

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Ouro Preto é também governada por um dos melhores amigos de Dilma Rousseff. O prefeito Ângelo Oswaldo foi amigo de Dilma no Colégio Estadual e é um dos seus mais frequentes interlocutores. Num artigo publicado no Brasil 247, foi uma das primeiras vozes (leia aqui) a clamar por um novo marco regulatório da mineração – o que significa que a Vale terá que transferir mais recursos aos municípios mineiros pela exploração do minério de ferro.

A cerimônia de Ouro Preto foi mais uma prova de sintonia entre o Palácio do Planalto e os tucanos que têm mandato – como os governadores Antônio Anastasia, em Minas, e Geraldo Alckmin, em São Paulo. Anastasia, por sinal, tem dado demonstrações de que não pretende cumprir ordens de seu “criador”, Aécio Neves. Aécio tentou emplacar Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, no comando da Cemig, a estatal mineira de energia, mas teve seu anseio barrado por Anastasia. Agnelli, por sinal, tem sido companheiro das “baladas” de Aécio no Rio de Janeiro (leia mais). Agora, com Aécio e Agnelli fora do governo de Minas e do comando da Vale, os royalties sobre o setor mineral tendem a aumentar.

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