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Sudeste

Em último debate, Rodrigo Garcia vira vidraça e ataca ‘polarização’

Haddad falou em “repactuar” relação entre estado e União e em retomada da democracia. Governador ressaltou obras, e Tarcísio defendeu governo Bolsonaro

(Foto: Divulgação)
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Por Tiago Pereira e Vitor Nuzzi, na RBA - O último debate antes das eleições, encerrado à 0h30 já desta quarta-feira (28), mantido em baixa temperatura, não teve mudanças de posicionamento ou de dinâmica. Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) criticaram a gestão do governo paulista-tucano, enquanto Rodrigo Garcia (PSDB), na condição de vidraça, por ser o atual governante, se queixou de uma “suposta” tabelinha para atacá-lo. Buscou reafirmar sua posição de candidato da pacificação: “Eles querem trazer essa guerra política para cá”. Vinícius Poit (Novo) reafirmava a cada instante ser o único candidato “independente”, sem compromisso com ninguém. Mas poupou o atual governo na maior parte do tempo, centrando críticas no PT.

Pesquisa Ipec em São Paulo: Haddad tem 34%, Tarcísio 24% e Rodrigo 19%

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Ao mesmo tempo, Haddad criticou várias vezes o governo Bolsonaro: na gestão da pandemia e na área social, principalmente. Tarcísio chamou o atual presidente de “o melhor da história”. Pouco atrás nas pesquisas, em terceiro lugar, Garcia enfatizou seu perfil “paulista” e de identificação com o estado. O petista falou em “repactuar” a relação entre União e São Paulo, além da retomada da democracia com o possível fim do governo Bolsonaro. “Domingo pode ser um grande dia.”

Tarcísio e Garcia trocaram críticas sobre obras. O atual governador paulista disse que o estado construiu e investiu praticamente sem ajuda federal, enquanto o ex-ministro tentava se apresentar como um gestor que tirou obras do papel. Tarcísio também falou sobre rodovias federais em São Paulo sob concessão, o que explicaria menos investimento, e Elvis Cezar (PDT) ironizou. “Fiz mais asfalto do que o senhor”, disse o ex-prefeito de Santana do Parnaíba, na região metropolitana da capital.

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Tarcísio turista

No penúltimo bloco, Elvis ironizou também uma gafe recente de Tarcísio, que não soube responder onde era seu local de votação. O ex-ministro disse que o importante era não esquecer das pessoas. O candidato do PDT voltou à carga, citando aliados do bolsonarista, como Eduardo Cunha e Fernando Collor, ao que Tarcísio respondeu que não tinha responsabilidade sobre correligionários.

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Poit perguntou a Haddad sobre a entrevista de Luiz Inácio Lula da Silva no programa do apresentador Ratinho, tentando mostrar que o petista desrespeitou o paulista do interior. “Não conheço ninguém no Brasil que tenha sofrido mais preconceito do que o presidente Lula. Se tem uma coisa que não dá para acusar o Lula, é de preconceito”, reagiu Haddad, para quem o candidato do Novo tentou criar uma polêmica que não existe. O petista também se dirigiu a Garcia para dizer que ele “esconde” políticos com quem trabalhou, como João Doria.

Último bloco 

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No último bloco, novamente com pesquisas temáticas, Tarcísio perguntou a Haddad sobre diversidade. O petista apontou esta como a área em que o governo Bolsonaro, integrado pelo ex-ministro, “mais errou”. “Tanto na capital como no estado, temos uma história de diversidade. Acho que seria um equívoco enorme trazer a experiência do governo federal para cá, no que diz respeito à diversidade. Todos sairíamos perdendo: os negros, as mulheres, as pessoas com deficiência, os indígenas e quilombolas”. Por outro lado, Haddad citou a Lei de Cotas nas universidades, as cotas no funcionalismo municipal e o compromisso de paridade de gênero no seu secretariado, caso eleito, como exemplo de políticas que “abraçam a diversidade”.

Na sequência, o petista destacou a cultura como importante forte de criação de emprego e renda, e indagou a Poit sobre seus planos para a área. O candidato do Novo, no entanto, apresentou propostas confusas. Disse, por exemplo, que as crianças de São Paulo estão indo para vender balas no farol para “ocupar o tempo”, e não por necessidade. Haddad, por outro lado, criticou o governo estadual, que destina apenas 0,3% do orçamento para programas culturais. “O dinheiro não chega nas periferias, nas cidades do interior.”

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Críticas na segurança

Elvis acusou Garcia de não investir adequadamente em Segurança, apesar de o governo de São Paulo registrar excedentes de arrecadação de R$ 84 bilhões, segundo ele. Enquanto isso, a periferia sofre com aumento de furtos, roubos e homicídios. Garcia preferiu atacar Haddad. Disse que o petista tem medo de enfrentá-lo num eventual segundo turno e repetiu falsas alegações de que petista seria o “pior prefeito” da história da capital.

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Rebatendo críticas anteriores de Haddad e Elvis, Garcia também disse que é “injusto” dizer que o Rio Pinheiros não está “limpo”. Sobre o Tietê, disse que a mancha de poluição teria reduzido 25% durante a gestão tucana. Nesse sentido, afirmou que para limpar o rio são necessárias 1 milhão de novas ligações de esgoto, das quais prometeu fazer 800 mil nos próximos quatro anos. “Você já teve a sua chance, candidato”, disse Elvis, ressaltando que outro rio do estado, o Parnaíba, está “morto”.

Considerações finais

Ao final do debate, Garcia afirmou que para São Paulo continuar como o “melhor estado do país” é preciso ficar distante das “brigas políticas”, citando novamente a dita “polarização”. Poit prometeu priorizar a segurança pública, com poder de polícia para as guardas municipais. Tarcísio disse que não é “político profissional”, mas um engenheiro acostumado a resolver problemas, e disse que seu plano se baseia em dois pilares “cuidado com as pessoas e a promoção do desenvolvimento econômico”.

Haddad, por outro lado, afirmou que o próximo domingo será o “dia de restabelecer a democracia no nosso país, de restabelecer direitos que foram cortados tanto pelo governo federal, como pelo governo estadual”. Assim, o petista também disse que pretende “reindustrializar” o estado. “Não podemos perder mais empresas” afirmou. Além disso, prometeu mais comida na mesa, ao isentar impostos da cesta básica e aumentar o salário mínimo paulista. Elvis disse que o mais significativo na sua carreira foi ter feito a maior evolução da educação em todo o estado, na cidade de Santana do Parnaíba, onde foi prefeito. Do mesmo modo, também ressaltou êxitos no combate à mortalidade infantil no município.

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