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Marinha critica cassação de títulos honoríficos da ditadura por universidade do Rio Grande do Sul

Decisão da Furg gera debate sobre reconhecimento público de figuras associadas à ditadura militar

Almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, novo comandante da Marinha (Foto: Reprodução / YouTube da Marinha do Brasil)

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247 - A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) desencadeou controvérsia ao cassar, na última sexta-feira (5), o título honoris causa do almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, ministro da Marinha durante o governo de João Baptista Figueiredo, o último presidente da Ditadura Militar. A medida, que também afetou os títulos de Emilio Garrastazu Médici e Golbery do Couto e Silva, gerou críticas da Marinha, expressando profundo descontentamento.

O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, emitiu uma carta na nesta segunda-feira (8), repudiando a decisão da Furg e classificando-a como "enviesada", destaca repotagem do jornal O Globo. A universidade justificou a cassação mencionando as graves violações de direitos humanos atribuídas à figura de Maximiano Fonseca pela Comissão Nacional da Verdade, que o identificou como autor de tais violações durante seu comando no navio hidrográfico Canopus, utilizado como prisão para presos políticos.

A decisão da universidade gerou debates acalorados sobre o reconhecimento público de figuras associadas à Ditadura Militar. Enquanto a Marinha defende as contribuições de Maximiano para a pesquisa oceânica e o Programa Antártico Brasileiro, a Furg ressalta a necessidade de reconstituição da memória histórica e esclarecimento sobre as violações de direitos humanos ocorridas durante o período ditatorial no país.

Em resposta à carta do comandante da Marinha, a Furg se colocou à disposição para análise de elementos adicionais que possam afastar a responsabilidade de Maximiano em relação aos fatos apontados pela Comissão Nacional da Verdade. 

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