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Sul

Tarso Genro ao 247: “Bolsonaro deveria ser deposto por declaração sobre Queiroz”

Para o ex-ministro e ex-governador, a declaração de Bolsonaro de que Queiroz estava na casa de Wassef para tratar da saúde foi subestimada pelas autoridades. “Esse presidente deveria ter sido deposto pela própria norma constitucional que trata dos crimes de responsabilidade”. Assista na TV 247

(Foto: Pedro Revillion - Palácio Piratini)
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Por Alex Solnik, 247 - Prefeito de um distrito de Berlim nos primórdios do nazismo, Carl Herz foi retirado do cargo não por uma ordem de alguma autoridade judicial, mas por tropas da S.A., uma das milícias de Hitler, por ter cometido o crime de ser judeu.

Carl era irmão de Herman Herz, avô do ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro do governo Lula, Tarso Fernando Herz Genro, que entende haver paralelos entre aquela época e a atualidade brasileira:

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“Estamos vivendo uma experiência protonazista e protofascista, com âncoras na República de Weimar e relações com a experiência mussolínica”.

Tarso explica que uma das analogias com o nazismo e o fascismo é que “estamos vivendo sob direção de um grupo político informal, integrado por grupos de extermínio que o presidente elogiava e considerava como necessidade para proteger a sociedade e com relações familiares, que formam uma espécie de clã”.

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A prisão de Queiroz foi um divisor de águas entre o Jair Bolsonaro agressivo até então e o “Jairzinho Paz e Amor” dos dias atuais, e que revelou que o presidente sabia muito mais sobre Queiroz do que queria fazer supor:

“Queiroz é visto como um tipo intermediário nessa organização criminosa. Ele foi preso e a primeira pessoa que se manifestou publicamente defendendo Queiroz, dizendo que ele estava naquela casa, dizendo que estava lá para tratamento de saúde, portanto muito bem informado, foi o presidente da República”.

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A declaração de Bolsonaro foi subestimada pelas autoridades judiciárias brasileiras, segundo Tarso:

“Em qualquer país em que a ordem constitucional, a ordem normativa, fosse aplicada e não convivesse com a ordem concreta, paralela, baseada em correlação de forças, baseada em controle da informação, da opinião pública, em qualquer país em que isso não ocorresse, que esta comunicação entre as duas ordens não fosse harmonizada pela grande mídia oligopolizada, esse presidente deveria ter sido deposto pela própria norma constitucional que trata dos crimes de responsabilidade”.

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Tarso não vê, no entanto, votos na Câmara dos Deputados suficientes para abrir processo de impeachment e observa mudança tanto na postura de Bolsonaro quanto na do “Jornal Nacional”, principal porta-voz da Rede Globo e das elites nacionais, que já formou nas fileiras do “fora Bolsonaro”:

“O Jornal Nacional agora prefere a domesticação em vez do impeachment desde que as reformas do Paulo Guedes sejam feitas. Bolsonaro deve tomar uma dose cavalar de rivotril para não expressar aquele ódio fascista que lhe é peculiar. Bolsonaro tem maioria no Congresso para bloquear o impeachment, mas pode se tornar um criminoso internacional”.

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Eleições municipais

Empenhado na formação de uma grande frente nacional antifascista, Tarso conseguiu levar o PT, o maior partido do seu estado, a apoiar, nas próximas eleições, Manuela D’Ávila, do PCdoB, a prefeita de Porto Alegre, com o petista Miguel Rossetto na vice.

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É cedo para dizer se o PT vai ceder a cabeça de chapa em 2022, mas Genro tem certeza que não estará nela:

“Já tive expectativa de ser candidato a presidente da República, na sucessão de Lula; agora, não mais. Mesmo porque já há muitos pretendentes”.

Inscreva-se na TV 247 e veja a entrevista completa de Tarso Genro:

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