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Saúde

SUS torna o Brasil mais civilizado e menos desigual, afirma ex-presidente da Anvisa

O médico Gonzalo Vecina Filho discutiu com a TV 247 o processo civilizatório promovido pelo Sistema Único de Saúde no Brasil e os desafios da saúde pública para o próximo período. Assista

Vecina Filho / SUS (Foto: Divulgação)
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247 - A qualidade e a permanência da integridade de um sistema de saúde depende diretamente da sociedade e, portanto, para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) é necessário que a sociedade queira e lute pelo melhoramento do sistema. Esta é a avaliação do médico Gonzalo Vecina Filho, ex-presidente e um dos fundadores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), feita em entrevista à TV 247.  

Ex-secretário de Saúde da Prefeitura petista de Marta Suplicy, em São Paulo, Vecina Filho justifica seu ponto usando como exemplo os ingleses, que apesar de terem sofrido com o neoliberalismo da ex-primeira-ministra Margareth Thatcher e de outros governos de direita, “ninguém ousou tocar no sistema de saúde deles, porque eles valorizam-no”.

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O exemplo é extremamente conveniente uma vez que o SUS é inspirado no sistema de saúde inglês, que influenciou não só os brasileiros, mas também diversos outros países, como Canadá e Austrália, como lembrou o entrevistado. 

Para o médico, “a sociedade precisa definir e lutar em prol do bem estar social”. O SUS, em sua avalição, é uma forma de tornar o Brasil mais “civilizado”, isto é, um país menos desigual. E isto está explicitamente incluído nos princípios do SUS.

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Como exemplo, ele cita mulheres negras gestantes. No Brasil, a mortalidade da gestante é o dobro do “aceitável” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que a taxa de mortalidade é de 56 para cada 100.000 nascidos vivos. Porém, com as gestantes negras o dado é ainda mais escabroso. “As pretas têm uma mortalidade materna de 250 / 100.000 nascidos vivos”, afirma o entrevistado.

Ele afirma também que é preciso tratar as pessoas conforme sua realidade, e isso é um dos princípios dos SUS que precisam ser atingidos. “Quando uma gestante preta entra em uma unidade de saúde, tem que acender uma luz vermelha. A chance dela morrer é quase seis vezes superior à chance de uma gestante não preta morrer”, diz o médico. É essa desigualdade que, para ele, torna o SUS tão importante para combatê-la.

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