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Hildegard Angel

Jornalista, ex-atriz, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do militante político Stuart Angel Jones

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A hora é essa

A ministra Marina Silva deveria ser a primeira a abrir o berreiro sobre a situação emergencial em que estamos vivendo, mas segue caladinha

Marina Silva (Foto: World Economic Forum/Sandra Blaser)
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As imagens de enchentes se sucedem no Brasil todo. No Acre, no Rio de Janeiro, em Minas, São Paulo, no Sul. Uma tragédia nacional.

Todos conhecemos as previsões de inundações provocadas pelo aquecimento global, que agora se concretizam. Desde a COP Rio-92, ou talvez desde antes dela, ouvimos os reiterados avisos e prognósticos de que o aquecimento da Terra, provocado pela emissão de gases, que causam o Efeito Estufa, geraria enchentes, inundações catastróficas. Mas nada foi efetivamente feito contra isso. Houve muitos fóruns internacionais a respeito, congressos, seminários, edições de livros, publicação de artigos, produção de filmes hollywoodianos, verdadeiros blockbusters. Avisos não faltaram. Em simulações em maquetes, em museus de história natural, bastava apertar um botão e saber as áreas no globo terrestre que seriam as primeiras afetadas. A costa do Brasil, por exemplo. Hoje, basta acessar o Google que se sabe se sua cidade, se seu bairro serão afetados. 

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Informações acessíveis, inúmeras, generosas, mas ação do poder público, praticamente zero. Ação dos responsáveis pela promoção de gases, zero. Isso vai dos governos ao agro negócio às indústrias poluidoras aos combustíveis. Já com a corda no pescoço, nos últimos minutos, nos estertores, no fim do segundo tempo desse jogo mortal, começamos a ouvir falar em carros elétricos no Brasil, onde Bolsonaro caprichou na poluição, na devastação, nas queimadas, nos gases tóxicos, no envenenamento da lavoura, como se não houvesse amanhã. E não haverá mesmo. 

A ministra Marina Silva deveria ser a primeira a abrir o berreiro sobre a situação emergencial em que estamos vivendo, mas segue caladinha, não a vemos nas imagens das áreas devastadas. Ela está moita. Tão moita quanto a mídia brasileira, que exibe todos os dias uma sucessão de imagens desoladoras, de vidas perdidas nas enchentes, moradias destruídas, deslizamentos de encostas, destruição de bairros, cidades, regiões; pontes que despencam, asfalto que se desmancha como papel; estradas que afundam, acessos interrompidos. Como no Acre, que nem via aérea é possível alcançar, já que a pista do aeroporto foi levada pelo furor das enxurradas. E o que dizem os telejornais sobre essa destruição pelas águas tão previamente anunciada? Nada! Apenas responsabilizam o poder público, o prefeito, o governador, o estado em geral, até mesmo o povo sem noção, que atira lixo nas ruas, nos rios, no meio ambiente. Mas não falam do aquecimento global. Será uma orientação das editorias para não apavorar a população? Ou será desinformação do próprio jornalismo? 

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O povo brasileiro precisa ser informado, alertado de que estamos vivendo uma crise climática global. Que cabe a cada ser humano do Planeta a responsabilidade de preservar seu meio ambiente, caso contrário estará assinando sua sentença de morte, de sua família, de sua comunidade. Acordem para a vida! Ou melhor: acordem para a morte de todos nós, cada vez mais próxima, se cada um não assumir a responsabilidade direta que tem sobre a preservação da natureza, do nosso habitat. 

Até porque não temos cacife, como o bilionário Elon Musk, para embarcar numa nave espacial e ir viver em outro planeta. O governo precisa decretar Emergência Máxima, numa campanha nacional em todos os veículos, uma campanha compulsória nas concessões públicas, que faça o povo brasileiro entender que a hora chegou. 

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Não é documentário bonito no Globo Repórter que forma a consciência da população. É a realidade caudalosa e avassaladora.

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