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Maria Luiza Franco Busse

Jornalista há 47 anos e Semiologa. Professora Universitária aposentada. Graduada em História, Mestre e Doutora em Semiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com dissertação sobre texto jornalístico e tese sobre a China. Pós-doutora em Comunicação e Cultura, também pela UFRJ,com trabalho sobre comunicação e política na China

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Brotou Flor

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Há vírus e vírus. Na internet, viralizar pode dar bom ou ruim. Maria Flor, atriz, 37 anos, teve viralizada sua manifestação pelo fim do nazista que ocupa a presidência e sua política familiar genocida e comprometida com o maior movimento internacional reacionário e regressista que emergiu organizado nesta segunda década do século XXI.

Maria Flor botou todas as partes do seu corpo no front do combate. Não ofereceu só seus braços e pernas, como é costume nos discursos que fazem das palavras o arsenal bélico com a intenção de atingir de morte o inimigo.

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 Em meio ao grande canteiro de urtiga e pragas em que o Brasil se transformou, brotou Flor.  Violentada pelos insultos ilimitados, descarregou. Suou no buço. Trouxe a “palavra com febre, decaída, fodida”, onde o poeta reconhece a resistência, ao contrário da retórica do embate oficial que considera imprópria as que fogem do código social formal.  

Ameaçou sair nua. Momento da fala que soou como mais uma semente esquecida em algum canto dos jardins da vastidão nacional. O frescor da inspiração inspirou mais poesia, no que esse modo de expressar o mundo tem de transgressor, potente e, no nosso caso, quem sabe um dia, revolucionário. “A vida é nova e anda nua vestida apenas com o teu desejo”, escreveu um dia Mario Quintana.

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Sem vergonhas, as declarações que virilizaram exigiram o impeachment do nazista e a demissão de sua gangue. E como é da natureza da arte, mais uma vez a poesia foi invocada e evocada para impulsionar esse vírus de contágio bem-vindo. Invocada e evocada a auxiliar e a imaginar uma saída dessa arquitetura da destruição, ela veio ao encontro da chamada por meio das palavras que assinam embaixo o FORA B. *.  

“Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca...” (Mario Quintana)

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* Nota do redator: para evitar o palavrão, foi usada somente a inicial do nome.

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